MERCADO AQUECIDO

Desemprego recua a 5,2% e Brasil atinge mínimo histórico

Por Gabriela Lima/JP1 |
| Tempo de leitura: 2 min
Foto: Divulgação / PMMC
Aumenta o número de trabalhadores formais no Brasil
Aumenta o número de trabalhadores formais no Brasil

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,2% no trimestre móvel encerrado em novembro, alcançando o menor nível desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Os dados são da Pnad Contínua e confirmam a sequência de melhora do mercado de trabalho ao longo do ano.

O índice representa uma redução de 0,4 ponto percentual frente ao trimestre anterior e uma queda relevante na comparação anual, quando a taxa era de 6,1%. Com isso, o país soma cerca de 5,6 milhões de pessoas sem ocupação, quase 1 milhão a menos do que há um ano.

Emprego cresce e ocupação bate recorde

O número de brasileiros ocupados chegou a 103 milhões, novo recorde da pesquisa. Em três meses, o contingente avançou 0,6%, enquanto no acumulado de 12 meses o crescimento foi de 1,1%, o equivalente a mais 1,1 milhão de trabalhadores.

O chamado nível de ocupação — proporção de pessoas trabalhando em relação à população em idade ativa — alcançou 59%, também o maior patamar já registrado. A força de trabalho totalizou 108,7 milhões, mantendo estabilidade no trimestre.

VEJA MAIS


  • Clique aqui e receba, gratuitamente, as principais notícias da cidade, no seu WhatsApp, em tempo real. 

Carteira assinada se aproxima dos 40 milhões

O emprego formal voltou a se destacar. O total de trabalhadores com carteira assinada atingiu 39,4 milhões, o maior número desde 2012. Em um ano, o avanço foi de 2,6%, com a formalização de cerca de 1 milhão de pessoas.

Enquanto isso, o número de empregados sem carteira somou 13,6 milhões, mantendo estabilidade no trimestre e recuando 3,4% na comparação anual. O setor privado, como um todo, contabilizou 52,7 milhões de empregados, outro recorde.

Setor público e trabalho por conta própria avançam

Dois outros segmentos também atingiram máximas históricas:

Empregados no setor público: 13,1 milhões

Trabalhadores por conta própria: 26 milhões

Áreas ligadas à administração pública, saúde e educação lideraram a criação de vagas no trimestre, impulsionadas por contratações sazonais comuns no fim do ano, especialmente no ensino público, segundo análise técnica da pesquisa.

Informalidade e desalento em queda

A taxa de informalidade ficou em 37,7%, o que corresponde a 38,8 milhões de pessoas. Já o número de trabalhadores desalentados — aqueles que desistiram de procurar emprego — caiu para 2,6 milhões, o menor nível desde 2015.

A taxa de subutilização, que inclui desempregados e pessoas que gostariam de trabalhar mais horas, recuou para 13,5%, outro recorde positivo.

Renda média e massa salarial alcançam máximas

O rendimento real habitual subiu 1,8% no trimestre e chegou a R$ 3.574, com alta de 4,5% em 12 meses. A massa de rendimentos totalizou R$ 363,7 bilhões, impulsionada pelo aumento do emprego e pela estabilidade inflacionária recente, segundo avaliação técnica.

O cenário reforça um mercado de trabalho aquecido, com geração de vagas, avanço da formalização e ganhos reais de renda, sem pressão inflacionária significativa.

Comentários

Comentários