Incorporadoras e construtoras têm direcionado o foco de seus investimentos para cidades do interior de São Paulo. De acordo com um levantamento da empresa de tecnologia imobiliária Allrea, o município de Americana figura como o principal alvo do mercado para 2025.
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Seguem na lista de interesse Campinas, Araraquara, Santa Bárbara d’Oeste e Limeira. Já Piracicaba, segue no top 10, dos terrenos mais procurados do interior de São Paulo, estando na oitava colocação.
Enquanto a demanda por terrenos na capital paulista é majoritariamente voltada para projetos de edifícios (mais de 80%), o cenário no interior é distinto, com predominância de casas e loteamentos. A pesquisa aponta que 37% dos projetos previstos para o interior são destinados a edifícios; 27,2% envolvem casas (populares e de alto padrão); e 52,8% concentram-se em loteamentos de alto padrão.
A busca por novos terrenos é uma atividade constante no setor, sendo o terreno considerado a matéria-prima essencial para as incorporadoras. A aquisição de espaços garante o cronograma de lançamentos das empresas por um período que varia de dois a dez anos.
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Embora o ranking de cidades sinalize um potencial de valorização dos terrenos, a Allrea indica que os proprietários têm demonstrado maior flexibilidade nas negociações. Esta abertura tem resultado no aumento do volume de fechamentos de negócios, sobretudo em cidades de porte médio (com mais de 100 mil habitantes). Um fator que influencia essa flexibilização é a taxa de juros elevada, que impõe pressão sobre a renda familiar endividada e eleva os custos do crédito.
Apesar da flexibilidade, o tempo médio de negociação tende a ser de aproximadamente seis meses. O prazo pode se estender dependendo de fatores como o número de proprietários envolvidos, dívidas associadas ao terreno ou pendências regulatórias. No caso de projetos de loteamento, a aprovação necessária para a criação dos lotes pode levar até cinco anos, variando conforme as regulamentações municipais.
Thomaz Brancati, CEO da Allrea, atribui a alta demanda por terrenos em Americana a uma combinação de fatores. Entre eles estão modificações no plano diretor municipal e melhorias na infraestrutura rodoviária e hídrica. Houve também a liberação para construir em uma área pós-represa, limítrofe a Paulínia e Nova Odessa.
Esta região, antes denominada Área de Proteção Ambiental de Americana (Apama), agora permite novas construções residenciais, desde que as áreas de proteção ambiental pré-determinadas sejam respeitadas. Brancati explica que Americana possui um território urbano reduzido e já conurbado com cidades como Sumaré, Limeira e Santa Bárbara d’Oeste. A nova área além da represa, portanto, oferece novas oportunidades para o mercado imobiliário.
O executivo ressaltou em entrevista ao Estadão que, ainda que o interesse predominante dos consumidores no interior de São Paulo é por casas, e não por apartamentos, o que difere do padrão observado em capitais como São Paulo. A liquidez do produto casa tem direcionado o foco das construtoras para esse segmento, permitindo que as casas sejam comercializadas a preços equivalentes aos de apartamentos.
Veja a lista de cidades mais visadas no estado
Segundo o levantamento da Allrea, a lista das cidades com maior interesse de construtoras é liderada por Americana. As dez primeiras colocadas são:
- Americana
- Campinas
- Araçatuba
- Santa Bárbara d’Oeste
- Limeira
- Sumaré
- Nova Odessa
- Piracicaba
- Indaiatuba
- Sorocaba.