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Anvisa suspende anestésico famoso após suspeitas de contaminação

Por Da redação |
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Anvisa suspende lidocaína e Vancotrat por suspeita de contaminação.
Anvisa suspende lidocaína e Vancotrat por suspeita de contaminação.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interdição cautelar do anestésico Cloridrato de Lidocaína 20 mg/ml, fabricado pela Hypofarma, e do antibiótico Vancotrat 500 mg, produzido pela União Química, após relatos de irregularidades que motivaram investigações técnicas. A suspensão tem caráter preventivo: os lotes não podem ser usados, distribuídos ou comercializados enquanto as análises laboratoriais e inspeções sanitárias não concluírem.

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No caso da lidocaína, a medida da Anvisa foi motivada por uma denúncia que apontou a presença de um inseto dentro de um frasco do medicamento, recebida pelos canais oficiais de vigilância. A Hypofarma informou ter aberto apuração interna e declarou não ter identificado, em checagem preliminar, evidência da contaminação alegada. Ainda assim, a agência manteve a proibição até que os exames independentes confirmem a segurança do produto.

Já o Vancotrat 500 mg foi interditado após profissionais de saúde detectarem alteração na coloração do antibiótico no momento da diluição: o medicamento, que costuma apresentar tom claro, teria assumido uma tonalidade alaranjada incompatível com o padrão esperado. Mudanças visíveis em cor ou aspecto de fármacos podem sinalizar degradação, contaminação ou problemas de armazenamento, razão pela qual a Anvisa posicionou o lote sob investigação.


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A interdição cautelar não implica, necessariamente, em condenação definitiva dos produtos, mas é uma ferramenta prevista na regulação sanitária para proteger pacientes enquanto se verifica a origem da suspeita. Durante o processo, as autoridades pacientes, hospitais e clínicas são orientados a buscar alternativas terapêuticas aprovadas e a atualizar seus estoques conforme orientação da vigilância.

O episódio reacende a importância do trabalho de monitoramento de medicamentos ao longo da cadeia produtiva — da fabricação à aplicação clínica — e dos mecanismos de notificação. Consumidores e profissionais de saúde podem colaborar comunicando quaisquer anomalias por meio do sistema Notivisa disponível no site da Anvisa. Denúncias robustas e o envio de amostras para análise são essenciais para acelerar as apurações.

A Anvisa publica medidas como interdições e recolhimentos no Diário Oficial da União e em seus canais oficiais, buscando manter transparência no processo regulatório e preservar a confiança pública. Caso as investigações confirmem risco ao paciente, a agência pode determinar recolhimento definitivo e outras sanções administrativas; se não forem encontradas irregularidades, a interdição será suspensa.

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