MEDO DO METANOL

Clubes de cidade perto de Piracicaba suspendem venda de destilado

Por Bruno Mendes/JP |
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O Sindiclubes recomendou a adoção da medida até que a origem do problema seja esclarecida e sejam definidas ações para a resolução
O Sindiclubes recomendou a adoção da medida até que a origem do problema seja esclarecida e sejam definidas ações para a resolução

Após às recentes notificações de intoxicação por metanol, o Tênis Clube e a Sociedade Hípica, em Campinas - cidade a pouco mais de 70km de Piracicaba - anunciaram na última quarta-feira (1) a suspensão da venda de bebidas destiladas a seus associados.

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A decisão segue orientação do Sindiclubes, entidade que reúne associações e clubes sociais no estado. O sindicato recomendou a adoção da medida até que a origem do problema seja esclarecida e sejam definidas ações para a resolução.

O Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) informa que o Brasil registrou 41 notificações de intoxicação por metanol. O estado de São Paulo concentra 37 desses registros: 10 casos confirmados, uma morte e 27 ocorrências em investigação. Investigações também apuram possível ligação de outras cinco mortes em São Paulo e de duas em Pernambuco com a substância.

Os clubes disseram que a suspensão visa proteger os associados enquanto as apurações sobre a origem das bebidas prosseguem.

Apreensão na região

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) realizou a maior apreensão de bebidas falsificadas do ano em São Paulo na última terça-feira (30). A operação ocorreu em uma chácara na cidade de Americana, que funcionava como linha de produção. Agentes apreenderam 17,7 mil garrafas de destilados, incluindo uísque, gim e vodca, que estavam prontas para distribuição. O material seria enviado para bares e mercados na capital e em cidades do interior, como Piracicaba.

A investigação indicou que o local operava há pelo menos um mês. Segundo o delegado Wagner Carrasco, o espaço tinha capacidade para despachar centenas de caixas semanalmente.


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O envasamento das bebidas era realizado em tanques improvisados conectados a bombas de sucção. No galpão, foram encontradas centenas de garrafas vazias, além de rótulos genéricos e rolhas sem lacre oficial. Apesar da dimensão da operação, a polícia informou que a substância metanol – ligada a recentes casos de intoxicação – não apareceu entre o material apreendido pelo Deic.

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