Em um cenário preocupante para as autoridades e especialistas, o número de registros de nascimento sem o nome do pai tem crescido em Piracicaba, Campinas e Limeira. Em 2025, Piracicaba já registrou 100 casos e Limeira, 76. Campinas, por sua vez, registrou 284 no mesmo ano.
- Hytalo Santos e marido seguem presos; defesa contesta prisão
- R$3,15 milhões: SEMAE homologa transporte e tratamento de lodo
- Aumento de capivaras na Rua do Porto acende alerta em Piracicaba
Os dados do Portal da Transparência do Registro Civil revelam que, desde 2016, a soma desses registros ultrapassa 9 mil nas três cidades. Campinas lidera com 5.939 casos, enquanto Piracicaba e Limeira somam 2.028 e 1.413, respectivamente, no mesmo período.
A ausência do nome do pai no documento, embora permitida por lei, gera sérias consequências para a criança, como a impossibilidade de exigir pensão alimentícia e dificuldades para acessar outros benefícios.
Mutirão e apoio da Defensoria Pública
Para combater o problema, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo realizou um mutirão de reconhecimento e investigação de paternidade no último sábado (16) nas três cidades. O evento ofereceu atendimento, incluindo a coleta de material genético para exames de DNA e a possibilidade de acordos extrajudiciais para o reconhecimento.
A Defensoria Pública reforça que, mesmo sem o mutirão, o serviço é oferecido de forma regular. Pessoas que buscam o reconhecimento de paternidade podem entrar em contato pelo telefone 0800 773 4340. O órgão também disponibiliza profissionais de enfermagem para a coleta de material genético e o acompanhamento do processo até a divulgação dos resultados.