Uma força-tarefa inovadora unindo o PMCA (Plano Municipal de Controle do Aedes) e o Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) está em ação em Piracicaba para combater o Aedes aegypti. A operação, encerra nesta quinta-feira (14) e visita mais de 100 imóveis fechados em bairros da região Sul, como Água Branca, Astúrias, Pauliceia e 1º de Maio, visando eliminar possíveis focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
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A iniciativa é considerada inédita na região pelo volume de pessoas envolvidas. Cerca de 30 profissionais, incluindo agentes de combate à dengue, corretores de imóveis e fiscais do Creci-SP, formaram 10 equipes para vistoriar propriedades desocupadas, disponíveis para venda ou locação. O objetivo, além de eliminar criadouros, é capacitar profissionais do mercado imobiliário para que a fiscalização seja contínua.
Resultados e conscientização
Na primeira etapa da operação, realizada na quarta-feira (13), 62 casas foram inspecionadas. Os resultados iniciais mostram a importância da ação:
- 53% dos imóveis tinham recipientes que poderiam se tornar criadouros.
- 63% apresentavam algum ponto com água parada.
- 8% continham recipientes com larvas do mosquito.
Segundo Marco Aurélio Rios Fernandes, chefe das delegacias do Creci-SP no estado, a ação serve como um projeto-piloto. "A partir de Piracicaba, a iniciativa poderá ser replicada em outras cidades de São Paulo, mostrando a força da parceria entre o Creci-SP e o poder público", afirmou.
A coordenadora do PMCA, Sebastião Amaral Campos, o Tom, destacou que as equipes não se limitam a identificar os problemas. Elas também instalam tapa-ralos e aplicam larvicidas, além de remover pratos de vasos e outros itens que possam acumular água. "Este período de frio é ideal para o combate, pois o mosquito se reproduz menos. Agindo agora, teremos menos mosquitos para combater quando o calor chegar", explicou.
Situação da dengue em Piracicaba
A ação acontece em um momento crucial. De acordo com a Vigilância Epidemiológica (VE), a cidade registrou 5.946 casos positivos de dengue e quatro óbitos de 1º de janeiro a 12 de agosto deste ano. Embora o número seja menor que os 29.102 casos confirmados no mesmo período de 2024, a prevenção continua sendo a melhor estratégia.
A vacinação contra a dengue segue disponível para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Unidades de Saúde da Família (USFs) da cidade. A imunização é gratuita e exige a apresentação de um documento de identificação com foto e o Cartão Pira Cidadão ou Cartão Nacional do SUS.
A população também é orientada a adotar medidas preventivas, como:
- Eliminar focos de água parada.
- Limpar calhas.
- Guardar garrafas e baldes com a boca virada para baixo.
- Manter caixas d'água bem tampadas.
- Usar repelente, especialmente em locais fechados.
Em caso de suspeita da doença, a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima e nunca se automedicar.