A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão e proibição de uso de um lote falsificado da toxina botulínica A - popularmente conhecido como botox - da marca Dysport, na última terça-feira (15). O produto em questão, identificado pelo número W13035, não foi fabricado pela Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda., a empresa detentora do registro original no Brasil.
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A falsificação foi descoberta através de investigações da própria agência reguladora, que emitiu um alerta sobre os graves riscos à saúde pública que o uso do produto pode causar. A Anvisa orienta que o lote seja retirado de circulação imediatamente, e seu comércio, distribuição e uso estão expressamente proibidos.
Alerta para profissionais e pacientes
O comunicado da Anvisa ressalta a importância de que profissionais da saúde e pacientes que possam ter tido contato com o lote falsificado notifiquem a agência por meio dos canais oficiais. Para dúvidas, também é possível entrar em contato diretamente com a fabricante, a Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda., pelo telefone 0800-7701820.
A agência enfatiza que a falsificação de medicamentos é um crime grave, e a denúncia aos órgãos de vigilância sanitária locais e às autoridades policiais é de "extrema importância".
A toxina botulínica do tipo A é amplamente utilizada em procedimentos estéticos e tratamentos médicos. A Anvisa reitera que sua aplicação deve ser realizada apenas com produtos regularizados e por profissionais devidamente habilitados, para garantir a segurança e eficácia do procedimento. Confira como é para ser usado o medicamento:
Uso em adultos
- Blefaroespasmo essencial benigno e distúrbios do VII par craniano: Para pacientes com mais de 18 anos.
- Rugas glabelares: Para tratar rugas na testa (entre as sobrancelhas) de grau moderado a severo, causadas pela atividade dos músculos corrugador e/ou prócero, em adultos com idade entre 18 e 65 anos.
- Espasticidade muscular em membros superiores: Após um acidente vascular cerebral (AVC), em pacientes com mais de 20 anos.
Uso pediátrico
- Deformidade do pé equino: Para corrigir a rigidez muscular (espasticidade) em crianças com paralisia cerebral, a partir dos 2 anos de idade.