ALERTA NOS MERCADOS

ANVISA proíbe vendas de mais 100 produtos em 2025; saiba quais

Por Bruno Mendes/JP |
| Tempo de leitura: 3 min
Foto: Reprodução/Freepik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) intensificou as ações de fiscalização sobre alimentos e suplementos vendidos no Brasil em 2025, resultando na punição de mais de 100 marcas até o momento. Diversos produtos foram suspensos, proibidos ou recolhidos do mercado por apresentarem riscos à saúde dos consumidores, incluindo itens de consumo diário como café e azeite, além de categorias completas de suplementos.

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As medidas drásticas deste ano atingiram até mesmo segmentos inteiros, como os suplementos à base de ora-pro-nóbis, já que a planta não tem comercialização aprovada. Os casos mais graves foram encontrados justamente nos suplementos, que apresentavam listas de ingredientes incompletas, contaminações bacterianas e, em muitos casos, origem e fabricação desconhecidas.

Lista de proibidos pela Anvisa em 2025:

Confira alguns dos alimentos e suplementos punidos pela Anvisa neste ano:

Suplementos:

  • 100% Full Whey (Fullife Nutrition) – Lote 2408J5: Identificado glúten não declarado na composição.
  • Whey Protein Piracanjuba (sabor chocolate) – Lote 23224: Contaminação pela bactéria Staphylococcus aureus.
  • Toda a linha Power Green (diversos suplementos online): Presença de ingredientes proibidos e alegações terapêuticas irregulares.
  • Todos os suplementos com ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata): Comercialização da planta em formato de suplemento não é autorizada.
  • Produtos da linha Mushdrops (Mush Mush Club) – Cogumelos Turkey Tail, Chaga, Juba de Leão, Reishi e Cordyceps: Ausência de registro de autorização sanitária.
  • Suplemento alimentar líquido Abstiny: Produto de origem desconhecida.
  • Suplementos da Cibos Suplementos: Irregularidades na fabricação.
  • Suplementos e energético da Ozotonek: Falta de comprovação de eficácia e segurança.
  • Linha de suplementos da Status Verde (7 Magnésios, Amora Miura, Amora Miura com Isoflavona, Chlorella, Maracujá, Maracujá com Camomila e Semente de Abóbora): Alegações terapêuticas e funcionais não aprovadas e enganosas.
  • Vitamina A, C, D, E em cápsulas da Alemed Nutracêutica: Irregularidades na produção.
  • Suplementos contendo piperina e pimenta negra: Ingredientes não autorizados para uso em suplementos alimentares no Brasil.
  • Suplementos das marcas KN Nutrition, Lander Fit, Life Extension, Natrol, Now, Puritan’s Pride: Irregularidades na fabricação e ausência de registro.
  • Suplementos falsificados da marca Bionutri (Coenzima Q10 + L-Triptofano, Magnésio Dimalato Natural, Magnésio L-Treonato Puro, Magnésio Quelato, Ora Pro-Nóbis e Vitamina D3 10.000 UI): Falsificação frequente de lotes.

Alimentos:

  • Canela-da-China em pó (Kinino) – Lote 371LAG2419: Presença de amido e materiais estranhos não declarados.
  • Polpa de morango (De Marchi) – Lote 09437-181: Presença de matérias estranhas não identificadas.
  • Champignon inteiro em conserva (Imperador) – Lote 241023CHI: Excesso de dióxido de enxofre (conservante).
  • Molho de alho (Qualitá) – Lote 29: Presença indevida de dióxido de enxofre (conservante).
  • Sorvetes da marca AICE (Sabores: Milk Melon, Juju Apple, Frutyroll, Nanas e Berry Chocomax): Ausência de declaração de alérgenos e corantes na embalagem.
  • Pós para bebida sabor café, os "cafés fake" (Marcas: Master Blends, Melissa e Pingo Preto): Contaminação com ocratoxina A e rotulagem fraudulenta.
  • Azeites "fake" (Marcas: Serrano, Málaga, Campo Ourique, La Ventosa, Santorini, Vale dos Vinhedos, Quintas d’Oliveira, Alonso, Escarpas das Oliveiras, Almazara): Origem desconhecida, CNPJ irregular ou análises laboratoriais insatisfatórias.

A agência também agiu incisivamente contra falsificações, identificando cópias irregulares de suplementos com marcas conhecidas, como Realmed, PB 8 Probiotic, Now e Life Extension.

Posicionamento da empresa 

Em nota, a empresa AICE diz: "Todos os produtos citados mantêm a fórmula original, não oferecem risco a saúde e possuem licenças sanitárias vigentes, emitidas por autoridades competentes. A ação descrita pela Anvisa configura-se como uma medida preventiva de rotulagem, sem qualquer relação com a composição, qualidade ou segurança dos produtos.
AICE informa que os ajustes solicitados referem-se exclusivamente à forma de apresentação de determinados ingredientes no rótulo, como a substituição de códigos técnicos por nomes escritos por extenso, conforme previsto em norma específica.
A atualização dos rótulos já está em andamento, de forma imediata e coordenada, seguindo o padrão internacional de conformidade da marca, presente em 26 países e mais de 700 mil pontos de venda", finaliza.

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