Neste feriado de 1º de maio, o Zoológico de Piracicaba, tradicional ponto turístico da cidade, foi novamente palco de lazer para famílias e crianças. Apesar do clima descontraído, o que mais se ouviu entre os visitantes foram críticas e lamentos sobre o abandono do espaço.
"Eu adoro trazer meus filhos aqui, mas cada vez que venho tem menos brinquedos", afirmou a diarista Amélia da Silveira Antunes, de 44 anos. Morador da região do Vila Cristina, o operador de máquinas Davi dos Santos, de 52 anos, compartilhou do mesmo sentimento: "A gente se anima com o feriado, mas desanima ao ver poucos bichos e brinquedos quebrados. O preço do pastel é mais caro do que na praia".

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O espaço, que já encantou gerações com atrações como avião, castelo, disco voador, sala de espelhos e labirinto, hoje enfrenta o desgaste do tempo e a falta de manutenção. O local, que vai muito além da diversão, tem como missão a conservação de espécies, a pesquisa científica e a educação ambiental — pilares que parecem esquecidos na prática.

Fundado em 1971 por iniciativa do professor da ESALQ/USP Dr. Edmar José Kiehl, com apoio dos clubes de serviço da cidade, o zoológico foi construído em terrenos cedidos pela USP à prefeitura. Após décadas de história, passou por uma grande reforma e foi reinaugurado em 2007, dentro dos padrões do IBAMA. Hoje, porém, o cenário é de descaso.
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Localizado na Avenida Marechal Castelo Branco, nº 426 – Jd. Primavera, o Zoológico de Piracicaba carrega uma história rica, mas o presente exige atenção urgente. A população, que ainda valoriza o espaço, espera que o poder público volte seus olhos para esse patrimônio da cidade — antes que ele vire apenas uma lembrança.