Mas se depender do delegado responsável pela ocorrência, Alexandre Bologna, Fábio pode ter problemas sérios com a Justiça. “Na verdade, quando fui fazer o flagrante, coloquei a omissão de socorro como agravante, pela lesão corporal”, disse em entrevista à TV Record. Para o delegado, os rumos da investigação podem mudar com depoimentos de testemunhas. “Quem estava como testemunha, verificou que ele estava em alta velocidade, cortando pela pista contrária. Se constatado isso, pode ser que altere a natureza do crime. Pode ser que mude do culposo para o doloso, por ele ter assumido a responsabilidade. Vamos continuar a apuração”, disse Alexandre.

O acidente ocorreu por volta das 13h45 de quarta-feira, perto da linha do trem, no bairro Jardim Santa Luzia. João Lucas dos Santos Pereira chegou a ser socorrida pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu, comovendo o Vale do Paraíba. O corpo do menino foi sepultado no Cemitério Municipal de Eugênio de Melo, na zona leste de São José dos Campos, na tarde desta quinta-feira (9). O avô, de 56 anos, foi socorrido e sobreviveu ao acidente.

Depois de uma investigação ampla e sem cessar o flagrante, a equipe do delegado Alexandre chegou ao suspeito. Ele foi preso em flagrante, no bairro Jardim Santa Luzia, na divisa com São José dos Campos, e confessou que dirigia o veículo envolvido na tragédia. Após o acidente, ele fugiu sem prestar socorro.

Fábio Junior estava com parte do carro desmontado, dando indícios que estava mudando o carro, que ainda tinha uma lona sobre o Kadett. “Ele alegou que era pra trocar a suspensão, que já estava com problema. Mas a gente acha estranho, horas depois ele fazer isso. Ele continuou a rotina dele, como se nada tivesse acontecido”, disse Alexandre.

A morte de João chamou a atenção da região e chocou os familiares do garoto. “O crime foi terrível, arrasou a família, mas demos uma pronta resposta’, disse.