Os dias de sol, praia e altas temperaturas podem terminar de forma nada agradável. Náuseas, diarreia, febre e vômitos costumam ser sinais clássicos das chamadas viroses gastrointestinais, infecções frequentes no verão e, muitas vezes, associadas ao consumo de água ou alimentos contaminados.
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Segundo a nutricionista Veridiana Sass, do Instituto Nutrindo Ideais, além dos cuidados com higiene, a forma como a pessoa se hidrata e se alimenta durante o quadro faz toda a diferença na recuperação e na prevenção de complicações, como a desidratação.
Por que a desidratação é o maior risco?
Quando há perda excessiva de líquidos por meio de vômitos e diarreia, o corpo também elimina sais minerais essenciais. Esse desequilíbrio pode provocar sintomas como fraqueza, boca seca, sonolência e piora do mal-estar geral, exigindo atenção redobrada, especialmente em crianças e idosos.
Água nem sempre é suficiente
Beber água continua sendo importante, mas, em quadros de virose, ela pode não dar conta de repor tudo o que o organismo perde. De acordo com a especialista, a água de coco se destaca como uma alternativa mais eficiente.
Naturalmente rica em eletrólitos como sódio, potássio e magnésio, a bebida ajuda a restabelecer o equilíbrio hídrico e ainda fornece energia leve, sem agredir o sistema digestivo já sensível.
Não tem água de coco? Veja a alternativa
Na ausência da bebida natural, uma solução simples pode ajudar na reidratação: o isotônico caseiro. Ele contribui para a reposição de líquidos e minerais perdidos ao longo do dia.
Receita prática de isotônico caseiro
- 500 ml de água filtrada
- 1 colher (café) de sal
- 1 colher (sopa) de açúcar ou mel
- Suco de 1 laranja ou limão
Basta misturar todos os ingredientes em uma jarra e consumir aos poucos, ao longo do dia.
O que colocar no prato durante a virose?
A alimentação deve ser leve, de fácil digestão e pouco gordurosa. Caldos, sopas e legumes bem cozidos são boas opções para manter a nutrição sem sobrecarregar o intestino. Proteínas magras, como frango e peixe preparados de forma simples, também ajudam na recuperação.
Alguns alimentos merecem destaque por seus benefícios específicos:
- Maçã cozida, rica em pectina, auxilia no equilíbrio intestinal
- Chá de gengibre, conhecido por aliviar enjoo e náuseas
- Alimentos com zinco, como carnes magras, espinafre e castanhas, que contribuem para a imunidade e podem reduzir a duração da diarreia
Alimentos que devem ser evitados
Durante o período de infecção, certos itens podem agravar os sintomas e prolongar o desconforto. Entre eles estão:
- Frituras e comidas muito gordurosas
- Leite e derivados
- Doces e ultraprocessados
- Frutas laxativas
- Cafeína, álcool e refrigerantes
- Alimentos muito condimentados ou apimentados
Esses produtos tendem a irritar o trato gastrointestinal e aumentar a fermentação intestinal, intensificando a diarreia e os vômitos.
Prevenção começa antes dos sintomas
Para reduzir o risco de virose, a nutricionista reforça a importância de consumir água filtrada, higienizar bem os alimentos e ter atenção redobrada com refeições fora de casa, especialmente em viagens e passeios à praia.