A partir desta quarta-feira (31), entra em vigor uma mudança importante no modelo de funcionamento da telefonia fixa da Vivo — e isso tem provocado dúvidas, boatos e manchetes alarmistas nas redes sociais. Apesar do que vem sendo divulgado, o serviço não será encerrado com a virada do ano.
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O que acontece, na prática, é uma alteração no regime regulatório sob o qual a operadora atua, sem impacto imediato para quem utiliza telefone fixo. A própria Vivo e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já haviam divulgado a decisão meses atrás.
O que muda a partir de amanhã
Com a chegada de 31 de dezembro de 2025, a Vivo deixa oficialmente o regime de concessão e passa a operar a telefonia fixa no modelo de autorização. A mudança foi formalizada em abril, após acordo com a Anatel.
Esse novo formato dá mais flexibilidade à empresa para administrar o serviço, investir em tecnologias mais atuais e reorganizar sua infraestrutura, sem as obrigações herdadas de um modelo criado décadas atrás, quando o telefone fixo era essencial.
O telefone fixo vai deixar de existir?
Não. A operadora afirma que não haverá desligamento automático, nem corte de linhas nesta quarta-feira. O plano prevê uma transição gradual, com a substituição da antiga rede de cobre por soluções mais modernas, como a fibra óptica.
Além disso, a Vivo seguirá prestando o serviço em regiões onde não houver alternativas viáveis, atuando como operadora de último recurso até, pelo menos, 2028.
Investimentos e números envolvidos
A mudança também tem impacto financeiro. Em relatórios ao mercado, a Vivo estima arrecadar cerca de R$ 3 bilhões com a venda do cobre retirado da rede antiga e, no mínimo, R$ 1,5 bilhão com a venda de imóveis, como prédios que abrigavam centrais telefônicas.
Segundo a empresa, os recursos devem ser direcionados a projetos de longo prazo, com foco na expansão da fibra óptica e da cobertura móvel nos próximos anos.