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Golpe imperceptível drena contas bancárias em minutos; SAIBA COMO

Por Bia Xavier - JP |
| Tempo de leitura: 3 min
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Fraudes bancárias cada vez mais sofisticadas estão preocupando autoridades e instituições financeiras em 2025. Um golpe considerado “silencioso” tem conseguido esvaziar contas, contratar empréstimos e realizar compras em poucos minutos, explorando falhas humanas, dados vazados e a falsa sensação de segurança no ambiente digital.

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Diferente de crimes mais evidentes, esse tipo de golpe acontece sem alarde: a vítima acredita estar resolvendo um problema, enquanto criminosos assumem o controle do aplicativo bancário e movimentam o dinheiro rapidamente.

Por que esse golpe tem crescido no país?

O avanço do uso de bancos digitais, somado ao alto volume de transações instantâneas via PIX, criou um cenário favorável para ações rápidas e difíceis de reverter. Grupos criminosos combinam informações reais das vítimas — como nome, CPF e banco utilizado — com técnicas de persuasão psicológica, tornando o contato mais convincente e difícil de identificar como fraude.

Além disso, a clonagem de aplicativos e o uso de softwares de acesso remoto ampliam o poder dos golpistas, que conseguem operar a conta como se fossem o próprio cliente.

Como os criminosos agem para acessar a conta

Na prática, o golpe costuma começar com um contato inesperado. Pode ser uma ligação, mensagem ou e-mail com tom urgente, alertando sobre uma suposta movimentação irregular ou bloqueio iminente.

A partir daí, a vítima é induzida a:

  • Informar códigos recebidos por SMS ou aplicativo;
  • Clicar em links que levam a páginas falsas muito semelhantes às oficiais;
  • Instalar aplicativos que permitem o controle remoto do celular.

Em poucos minutos, os criminosos alteram senhas, liberam limites e realizam transferências sucessivas, geralmente para contas de terceiros usadas como intermediárias.

Etapas mais comuns da fraude bancária

Embora existam variações, muitos golpes seguem um padrão bem definido:

  • Abordagem inicial com discurso alarmista;
  • Uso de dados pessoais verdadeiros para gerar credibilidade;
  • Indução a uma ação imediata, sem tempo para reflexão;
  • Tomada do acesso ao aplicativo bancário;
  • Execução rápida de transações, empréstimos e compras.

Reconhecer esse roteiro é fundamental para interromper a fraude antes do prejuízo.

Como se proteger de golpes bancários silenciosos

A principal regra é simples: bancos não pedem senhas, códigos ou instalação de aplicativos por telefone ou mensagem. Qualquer contato com esse tipo de solicitação deve ser encerrado imediatamente.

Outras medidas importantes incluem:

  • Ativar autenticação em duas etapas;
  • Usar biometria sempre que disponível;
  • Manter o sistema do celular atualizado;
  • Instalar aplicativos apenas em lojas oficiais;
  • Acessar o banco digitando o endereço manualmente ou pelo app original.

Desconfiar de mensagens urgentes é um dos hábitos mais eficazes contra esse tipo de fraude.

O que fazer se o golpe já aconteceu

Ao perceber movimentações suspeitas, o tempo é decisivo. O primeiro passo é entrar em contato com o banco pelos canais oficiais para bloquear a conta, cartões e tentar interromper novas transações.

Em seguida, é recomendado:

  • Registrar boletim de ocorrência;
  • Guardar comprovantes, extratos e registros de contato;
  • Buscar orientação no Procon ou em plataformas de defesa do consumidor;
  • Avaliar medidas judiciais, dependendo do caso.

Especialistas alertam que a combinação entre tecnologia de segurança e atenção do usuário é essencial para reduzir o impacto desses golpes e tornar o ambiente digital mais seguro.

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