EM PIRACICABA

Incêndio em apartamento que matou família ainda é mistério

Por Da redação/Pira1 |
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação e redes sociais
Quase uma semana depois, o incêndio que matou Lineu, Thais e Duda ainda é mistério.
Quase uma semana depois, o incêndio que matou Lineu, Thais e Duda ainda é mistério.

  Quase uma semana desde a tragédia que chocou Piracicaba, e o clima de silêncio, mistério e boataria, seguem tão pesados quanto a fumaça que tomou conta do edifício Vila Serena, no bairro Água Branca. O incêndio que matou uma mãe, a filha e o padrasto, além dos animais de estimação da família, ainda não teve suas causas oficialmente divulgadas. E é justamente essa falta de respostas que alimenta o clima de mistério e boataria em torno do caso.

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O fogo começou em um apartamento localizado no 14º andar do prédio, em plena manhã de domingo (21). Em poucos minutos, as chamas tomaram conta do imóvel e de vários andares com uma violência incomum, tornando qualquer tentativa de fuga praticamente impossível. Lineu Peixoto, de 48 anos, Thais Matias, de 41, e a jovem Maria Eduarda Corder, de apenas 18 anos, não conseguiram escapar, além do cão e o gato da família.

O incêndio foi tão intenso que os elevadores precisaram ser imediatamente interditados. As equipes do Corpo de Bombeiros e todo apoio, tiveram que subir vários andares pelas escadas, carregando equipamentos pesados, o que dificultou ainda mais o combate às chamas. Quando o fogo finalmente foi controlado, a cena encontrada era devastadora.

Os corpos foram localizados em cômodos diferentes do apartamento. Para a investigação, esse é um detalhe importante, que pode indicar tentativas desesperadas de fuga, busca por ar ou até mesmo esforços para se proteger da fumaça tóxica, que costuma matar antes mesmo do fogo alcançar as vítimas, como ocorreu.

A posição dos corpos está sendo analisada minuciosamente. Além das três mortes, duas outras pessoas de outros imóveis precisaram de atendimento médico após inalarem fumaça. Um policial militar que auxiliava na ocorrência também ficou ferido no braço durante a operação. O prédio foi parcialmente evacuado, e moradores acompanharam tudo em estado de choque, muitos em silêncio absoluto, outros em prantos.

O que ainda não foi explicado é o ponto de origem do incêndio. Informações não oficiais indicam que começou na lavanderia,mas sem confirmação.Houve curto-circuito? Algum eletrodoméstico apresentou falha? Existe a possibilidade de vazamento de gás ou outro fator externo? Ou foi criminoso, como muitas pessoas acreditam após muitos boatos sem o mínimo fundamente, justificados por brigas conjugais.

A Polícia Militar, a Polícia Científica e peritos estiveram no local desde as primeiras horas, coletando materiais, registros e imagens. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde exames complementares podem ter ajudado a esclarecer não apenas a causa da morte, mas também detalhes importantes sobre o tempo de exposição à fumaça e ao calor.

Na avenida Francisco Luz Razera, cinco dias depois da tragédia, o clima ainda é de desolação. Moradores do prédio relatam que o incêndio se espalhou rápido demais e que nunca haviam presenciado algo semelhante.

Enquanto as investigações caminham, Piracicaba aguarda respostas. Até lá, o incêndio no Vila Serena permanece envolto em mistério — e a dor de uma família inteira perdida em poucos minutos continua sem os detalhes.

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