Quem olhou para o céu na madrugada em dezembro pôde presenciar um dos fenômenos astronômicos mais impressionantes do ano. A chuva de meteoros Geminídeas alcançou seu auge entre a noite de sábado (13) e a manhã de domingo (14), transformando o céu em um verdadeiro show de luzes e chamando a atenção de observatórios espalhados pelo Sul do Brasil.
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Equipamentos ligados à Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) captaram uma atividade intensa durante o período de pico. Somente no Observatório Heller & Jung, localizado em Taquara (RS), foram registrados 767 meteoros em um intervalo de seis horas. A média chama a atenção: cerca de 127 rastros luminosos por hora, detectados por 14 câmeras automáticas, segundo o pesquisador Carlos Fernando Jung, responsável pelo espaço.
Outros centros de observação também relataram números expressivos. Estações mantidas pelo grupo Bate-Papo Astronômico, em Santa Maria, e pelo Clube de Astronomia do campus Santo Ângelo do Instituto Federal Farroupilha identificaram mais de 200 meteoros cortando o céu na mesma madrugada.
O cenário favorável foi impulsionado pela fase minguante da Lua, que reduziu a luminosidade noturna e facilitou a visualização do fenômeno. Em condições ideais, as Geminídeas podem ultrapassar a marca de 70 meteoros por hora, muitos deles intensos, rápidos e até coloridos, visíveis sem o uso de telescópios.
Considerada uma das chuvas de meteoros mais aguardadas do calendário astronômico, a Geminídeas ocorre todos os anos entre 4 e 17 de dezembro e costuma surpreender tanto pesquisadores quanto curiosos que acompanham o céu noturno.