Presente na mesa dos brasileiros desde cedo, o pão francês costuma carregar uma fama negativa quando o assunto é alimentação saudável. Associado ao excesso de carboidratos e ao ganho de peso, ele acaba sendo um dos primeiros itens cortados por quem decide “entrar na dieta”. Mas será que essa exclusão é mesmo necessária?
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Especialistas apontam que o problema não está exatamente no pão, mas na forma como ele é consumido. Quando incluído sem planejamento ou em excesso, pode impactar a glicemia e o controle do peso. Por outro lado, com ajustes simples, é possível manter o alimento no cardápio sem comprometer a saúde.
De acordo com Alessandro Mascarenhas, docente do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, o pão francês tradicional é produzido com farinha de trigo refinada, o que resulta em um índice glicêmico elevado. Esse fator exige atenção principalmente de pessoas com diabetes ou que estão em processo de emagrecimento.
“O mais importante não é excluir o pão, mas observar o contexto da refeição. A recomendação nutricional não é específica para o pão, e sim para os carboidratos como um todo, que podem representar até 70% das calorias diárias, desde que bem distribuídos ao longo do dia e combinados com proteínas e gorduras saudáveis”, explica.
Outro ponto relevante é a escolha do tipo de pão. Enquanto a versão tradicional leva basicamente farinha refinada, água, sal e fermento — podendo conter açúcar ou margarina em algumas receitas —, o pão integral se destaca por utilizar farinha de trigo integral. Essa diferença aumenta o teor de fibras, contribui para maior saciedade e ajuda a reduzir os picos de glicose no sangue.
Do ponto de vista nutricional, os carboidratos presentes no pão são uma importante fonte de energia para o organismo, fundamentais tanto para o desempenho físico quanto para atividades cognitivas. As fibras, especialmente nas versões integrais, ainda auxiliam no funcionamento do intestino e no controle da glicemia.
Apesar dos benefícios, há situações em que o consumo deve ser mais criterioso. Pessoas com obesidade, diabetes, doença celíaca ou em estratégias de perda de peso precisam de acompanhamento profissional para avaliar quantidades e frequência. “Com orientação adequada, o pão pode ser incluído de forma individualizada, respeitando as necessidades e os objetivos de cada pessoa”, reforça Mascarenhas.
No fim das contas, equilíbrio e informação são as chaves para transformar o pão francês de vilão em aliado de uma alimentação mais consciente.