A suspensão de benefícios concedidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pela Justiça Federal, deve aliviar de forma significativa os gastos da União. A estimativa é de que a medida resulte em uma economia superior a R$ 1 milhão por ano, ao interromper despesas com veículos oficiais, equipes de segurança, auxiliares, combustível e deslocamentos.
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A decisão levou em conta o fato de Bolsonaro estar preso, atualmente sob custódia do Estado, o que, segundo o juiz responsável pelo caso, torna desnecessária a manutenção de uma estrutura de proteção bancada com recursos públicos. No entendimento da Justiça, a continuidade dos benefícios teria apenas caráter simbólico, sem acréscimo real à segurança do ex-mandatário.
Dados obtidos pela CNN Brasil junto ao Portal de Dados Abertos da Casa Civil mostram que, apenas em 2025 — considerando informações até outubro — Bolsonaro gerou um custo total de R$ 983.742,97 à União. O valor inclui salários de servidores, manutenção e abastecimento de veículos, passagens aéreas, tributos e despesas administrativas diversas.
Somente com vencimentos de pessoal, gasolina e manutenção da frota, os gastos somaram R$ 682.307,06 neste ano. Em anos anteriores, as cifras foram ainda mais expressivas: cerca de R$ 1,9 milhão em 2023 e mais de R$ 1,7 milhão em 2024.
Pela legislação brasileira, ex-presidentes têm direito vitalício a dois veículos oficiais e a uma equipe de até oito servidores, divididos entre segurança e apoio administrativo, como assessores e motoristas. O benefício é pessoal e não se estende a familiares.
A suspensão dos benefícios de Bolsonaro reacende o debate sobre a manutenção de regalias vitalícias a ex-presidentes e o impacto dessas despesas no orçamento público, especialmente em situações excepcionais, como a de ex-mandatários privados de liberdade.