VIOLÊNCIA

Menino fica cego de um olho após agressões na escola; VEJA

Por Da redação |
| Tempo de leitura: 2 min
Imagem gerada por IA

Uma família denuncia que um garoto de 10 anos perdeu totalmente a visão do olho direito após sucessivas agressões sofridas dentro da Escola Municipal Leonel Azevedo, na Ilha do Governador. O episódio mais grave ocorreu durante uma aula de educação física, em 18 de novembro, e hoje é apurado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav).

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Segundo a mãe, Lidia Loiola Cardoso, o menino era alvo de bullying desde 2023 — e, ao longo desse período, as provocações teriam se intensificado até chegarem à violência física. A criança, que possui uma deficiência que altera a aparência dos olhos, teria sido alvo frequente de zombarias. Lidia relata que, em pelo menos quatro situações, o filho acabou envolvido em brigas dentro da escola. Em uma delas, a irmã também foi agredida ao tentar defendê-lo.

Ela afirma que o comportamento do garoto mudou significativamente: ele passou a evitar as aulas e demonstrar medo de permanecer na escola. “Procurei a direção várias vezes, expliquei, pedi ajuda, mas não tive resposta”, diz a mãe.

A agressão que resultou na perda de visão aconteceu quando o menino foi atingido por chutes e por um soco direto no olho. Ele foi levado ao Hospital Municipal Evandro Freire e, devido à gravidade da lesão, transferido para o Hospital Souza Aguiar, onde recebeu o diagnóstico de dano irreversível. “É devastador. Mudou a vida dele”, desabafa Lidia.

A mãe aponta que o agressor seria um aluno mais velho. Desde então, os irmãos têm medo de retornar à unidade.

O que dizem as autoridades

A Secretaria Municipal de Educação afirmou que o estudante recebeu atendimento imediato e que foi aberta uma sindicância para revisar o histórico do caso. A pasta também informou que o aluno apontado como agressor foi transferido para outra escola e que a família foi acolhida pela equipe da unidade.

A SME destacou ainda que mantém ações contínuas de combate ao bullying e à violência escolar por meio do Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Escolas (NIAE), que atua com psicólogos, assistentes sociais e pedagogos.

A Polícia Civil confirmou que o caso está sob investigação da Dcav.

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