Um simples descuido virou um pesadelo para um pedreiro de 59 anos. Depois de pisar em um brinco no dia 22 de novembro, a ferida inflamou, o quadro piorou rapidamente e, no fim, ele acabou tendo o pé amputado dois dias depois, enquanto esperava por uma vaga em um hospital superlotado.
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Diabético, o homem buscou atendimento no Pronto-Socorro da cidade, tomou antibióticos e voltou para casa achando que estaria tudo sob controle.Mas a infecção avançou com força. Assustado, ele voltou ao hospital, onde foi internado às pressas. A partir dali começou o drama: aguardar transferência para a Santa Casa de Araçatuba, referência na região.
Foram dois dias inteiros na fila por uma vaga.Quando finalmente conseguiram a transferência, em 22 de novembro, veio o choque: o pé estava tomado pela infecção e os médicos informaram que não havia mais o que fazer — a amputação seria inevitável.
A família afirma que a demora matou qualquer chance de evitar o pior.
A Santa Casa de Araçatuba divulgou nota dizendo que lamenta o ocorrido, mas que o hospital estava enfrentando uma situação de superlotação extrema.Segundo a direção, a unidade atende quase 1 milhão de pessoas de 40 municípios.
94% dos leitos são ocupados por pacientes do SUS. A cada 12 horas chegam 80 a 100 pedidos de internação, e o hospital só consegue atender metade.
Nas últimas semanas, a demanda subiu 30% acima da capacidade, obrigando pacientes a serem atendidos até nos corredores.
A instituição também explicou que a transferência depende da CROSS, que regula as vagas na rede pública, e que a superlotação impediu o aceite imediato do caso.