A Polícia Federal prendeu preventivamente, na manhã deste sábado (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em cumprimento a ordem expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A detenção ocorreu por volta das 6h, no condomínio onde Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde agosto.
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De acordo com a decisão, a medida tem caráter cautelar e foi adotada para resguardar a ordem pública. A prisão não corresponde ao início do cumprimento da pena estabelecida na condenação relacionada à tentativa de golpe de Estado, que ainda não transitou em julgado.
Após ser detido, Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele passou por exame de corpo de delito e deverá participar de audiência de custódia, na qual um magistrado avaliará a regularidade da prisão preventiva.
O ex-presidente foi condenado pela Primeira Turma do STF em 11 de setembro a 27 anos e três meses de reclusão. A decisão atribuiu a ele cinco crimes: organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A defesa ainda pode apresentar embargos de declaração até segunda-feira (24), etapa que antecede a conclusão definitiva do processo.
A nova prisão provocou rápida reação entre aliados e familiares. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou apoiadores para uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, afirmando que o encontro teria caráter de oração e apoio. Michelle Bolsonaro publicou uma mensagem religiosa em suas redes sociais.
Bolsonaro permanece sob custódia da PF, à disposição da Justiça.