Um capítulo brutal da escalada da violência foi vivido na noite desta terça-feira (30), no bairro de Higienópolis em São Paulo. O criminalista Luiz Fernando Pacheco, de 51 anos, foi atacado em plena rua do bairro localizado em área nobre da capital paulista, e não resistiu após uma luta desesperada contra assaltantes.
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Pacheco, que havia saído sozinho para beber em um restaurante, foi surpreendido por um casal de criminosos enquanto mexia no celular. As câmeras de segurança flagraram o momento em que ele é abordado e reage. O confronto terminou em agressões fatais: o advogado acabou desmaiando no chão e, pouco depois, foi encontrado por um motorista de aplicativo, já sem forças. Levado às pressas ao hospital, não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de latrocínio — roubo seguido de morte. De acordo com investigadores do 4º Distrito Policial da Consolação, a reação da vítima ao assalto pode ter sido determinante para a violência extrema empregada pelos criminosos.
O corpo foi velado nesta sexta-feira (3), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), em uma cerimônia marcada pela comoção e forte presença de colegas, familiares e autoridades.
A repercussão chegou ao mais alto escalão político: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja enviaram coroas de flores, assim como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A morte do criminalista, conhecido por sua atuação em casos de grande repercussão, expôs novamente a vulnerabilidade da população diante da criminalidade urbana — até mesmo em regiões consideradas seguras.
Enquanto amigos e familiares se despedem, a pressão sobre a polícia cresce.