O mistério sobre o incêndio que devastou parte do tradicional Mercado Municipal de Piracicaba, em julho, enfim chegou ao fim.
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De acordo com o laudo do Instituto de Criminalística, obtido pela EPTV, emissora do Grupo EP, afiliada da TV Globo, as chamas começaram em uma fritadeira esquecida ligada dentro de uma pastelaria.
O documento derruba rumores de incêndio criminoso ou pane elétrica, mas expõe um problema grave: o sistema de combate a incêndios do prédio falhou justamente quando mais era necessário. O fogo, que começou em um ponto isolado, se espalhou com violência depois de atingir um depósito cheio de óleos e alimentos, transformando minutos em caos.
Segundo os peritos, o encanamento dos hidrantes ficava suspenso, perto do foco do incêndio. O calor intenso derreteu a tubulação e deixou os bombeiros sem apoio adequado. A recomendação é clara: um sistema embutido nas paredes ou no chão poderia ter evitado a tragédia.
Apesar da documentação do prédio estar regularizada, o laudo oficial confirma aquilo que já corria de boca em boca pela cidade: uma fritadeira esquecida teria sido o estopim da destruição.
O Mercadão, que por décadas foi ponto de encontro e tradição dos piracicabanos, agora carrega não só as marcas do fogo, mas também o alerta de que uma falha mínima pode colocar em risco a memória e a vida de uma cidade inteira.
As imagens de monitoramento mostraram que o fogo se espalhou em apenas seis minutos. A conclusão do laudo reforça a hipótese de acidente e explica a rapidez com que o prédio foi tomado pelas chamas.