Profissionais que atuam em cuidados paliativos, como médicos, enfermeiros e psicólogos hospitalares, relatam que pacientes em estado terminal frequentemente compartilham reflexões sobre suas trajetórias pessoais. Em muitos casos, esses relatos envolvem arrependimentos ligados a decisões não tomadas, relações negligenciadas ou oportunidades deixadas de lado.
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Esses depoimentos, coletados ao longo de anos por equipes de saúde, revelam padrões que se repetem em diferentes faixas etárias, contextos sociais e históricos de vida. A seguir, estão os principais arrependimentos observados no período final da vida, segundo esses relatos.
Não ter vivido de forma fiel a si mesmo
Pacientes relataram que tomaram decisões com base em expectativas externas, deixando de seguir objetivos e desejos pessoais. Muitos afirmaram ter vivido de acordo com padrões sociais ou familiares, em vez de construir um caminho próprio.
Não ter expressado sentimentos
A dificuldade em demonstrar emoções e falar abertamente sobre o que sentiam foi apontada por diversos pacientes. Muitos disseram ter evitado confrontos ou conversas importantes por medo de rejeição ou conflito.
Não manter contato com os amigos
Entre os arrependimentos recorrentes está o afastamento de amizades antigas. De acordo com os relatos, a rotina e a distância acabaram enfraquecendo vínculos que eram significativos, e o tempo passou sem que houvesse reconexão.
Não se permitir ser mais feliz
Alguns pacientes disseram que deixaram de aproveitar momentos de alegria por se prenderem a obrigações, pressões ou inseguranças. O arrependimento surgiu da percepção de que haviam colocado a felicidade em segundo plano.
Não passar tempo suficiente com os entes queridos
Outro ponto mencionado foi a falta de convivência com familiares e pessoas próximas. Muitos reconheceram que priorizaram outras atividades no dia a dia e gostariam de ter dedicado mais tempo a quem estava ao seu redor.
Deixar o medo controlar as decisões
Alguns relataram que o receio de errar ou fracassar impediu a realização de projetos ou escolhas importantes. O medo foi citado como um fator limitante em experiências que poderiam ter sido significativas.
As coisas que não foram feitas
Viagens, planos pessoais e projetos adiados ou abandonados também surgiram com frequência. Os pacientes disseram que deixaram de realizar atividades desejadas, o que gerou frustração ao fim da vida.
Os relatos sugerem que esses arrependimentos são comuns em diferentes contextos e reforçam a importância de refletir sobre as escolhas e o tempo dedicado às relações, sentimentos e experiências.