Piracicaba registrou uma queda em seu desempenho no ranking de saneamento básico divulgado pelo Instituto Trata Brasil, passando da 19ª para a 24ª posição geral entre as 100 cidades mais populosas do país. Os dados, referentes ao ano-base 2023, acendem um alerta, especialmente no que tange ao desperdício de água tratada, onde a cidade se posicionou entre as dez piores do Brasil.
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A cidade ocupa a 94ª colocação no quesito desperdício, com um índice alarmante de 55% — o que significa que mais da metade da água tratada se perde antes mesmo de chegar às torneiras dos consumidores.
Em contrapartida, na mesma região, Limeira (SP) demonstrou um avanço significativo, subindo da 4ª para a 2ª posição no ranking, aproximando-se das metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento Básico.
O Índice de Saneamento do Trata Brasil
O ranking do Instituto Trata Brasil avalia o desempenho das cidades em serviços de água e esgoto, considerando diversos critérios.
No setor de saneamento, os critérios essenciais para avaliar a eficiência de um sistema abrangem a captação e tratamento de água, que garantem a potabilidade para consumo, e a coleta e tratamento de esgoto, fundamentais para a saúde pública e ambiental. Além disso, é crucial monitorar o desperdício de água e o índice de perdas na distribuição, que indicam falhas na infraestrutura e na gestão. Por fim, o investimento realizado para melhoria do saneamento reflete o compromisso com a modernização e expansão dos serviços.
O Instituto Trata Brasil faz os cálculos com base no Marco Legal do Saneamento. Este documento estabelece metas ambiciosas para o país, que incluem:
- Até 2033: 99% da população deve ter acesso à água tratada.
- Até 2033: 90% da população deve ter acesso à coleta e tratamento de esgotos.
- Até 2034: Redução de perdas deve chegar a 25%.
O desempenho de Piracicaba no ranking reforça a urgência de investimentos e ações para que a cidade possa se adequar às exigências do Marco Legal e garantir um saneamento básico mais eficiente para seus moradores.