
O café, paixão nacional e presente em quase todos os lares brasileiros, vai muito além de manter o corpo desperto. Estudos recentes indicam que, quando consumido no início do dia, ele pode ser um grande protetor da saúde do fígado — mas a moderação é essencial.
Benefícios do café para o fígado
Pesquisas publicadas na Biblioteca Nacional de Medicina, dos Estados Unidos, apontam que tomar duas xícaras de café por dia pode reduzir em até 43% o risco de câncer hepático. Outra vantagem do consumo regular é a prevenção da fibrose, condição que pode evoluir para doenças mais graves, e a proteção contra a esteatose hepática não alcoólica, conhecida popularmente como “fígado gorduroso”.
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Compostos que fazem diferença
O café é rico em compostos bioativos, como cafeína, ácido clorogênico, trigonelina, diterpenos e melanoidinas. Esses elementos têm ação antioxidante e anti-inflamatória, ajudam a reduzir o estresse oxidativo e ainda colaboram para a prevenção de cálculos renais. De acordo com especialistas, consumir de três a quatro xícaras por dia pode diminuir o risco de doenças degenerativas.
Café pela manhã: melhor horário?
Um estudo publicado em 2025 no European Heart Journal revelou que pessoas que consomem café pela manhã têm 16% menos chance de morrer por qualquer causa e 31% menos risco de falecer por doenças cardiovasculares.
A pesquisa, conduzida pelo Dr. Lu Qi, da Universidade Tulane (EUA), mostrou que quem toma café cedo — seja em quantidade moderada (2 a 3 xícaras) ou elevada (mais de 3 xícaras) — apresenta menor risco em comparação a quem bebe apenas uma xícara ou menos.
Por que o café matinal faz bem?
Segundo os pesquisadores, há duas explicações principais: primeiro, tomar café pela manhã interfere menos no sono, fator essencial para a saúde geral; segundo, os efeitos anti-inflamatórios do café podem ser mais eficazes nesse horário, já que os níveis de inflamação do organismo costumam estar mais altos no início do dia.
Moderação é essencial
Apesar dos benefícios, o consumo exagerado de café pode provocar efeitos adversos, como ansiedade, palpitações e problemas gastrointestinais. Por isso, os especialistas recomendam não ultrapassar quatro xícaras diárias para manter os ganhos à saúde hepática e geral.