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Livro 'Cartas a Piracicaba' será lançado dia 8 de julho; confira

Por Bruno Mendes/JP |
| Tempo de leitura: 2 min
Foto: Arquivo/JP
Livro do jornalista Edson Rontani Júnior reuni depoimentos, fotografias e relatos pessoais e familiares durante a Revolução de 1932
Livro do jornalista Edson Rontani Júnior reuni depoimentos, fotografias e relatos pessoais e familiares durante a Revolução de 1932

O Museu Prudente de Moraes será palco para o lançamento do livro: “Cartas a Piracicaba”, do jornalista Edson Rontani Júnior, às 19h30 na terça-feira, 8 de julho. A iniciativa é uma parceria do Instituto Histórico de Geográfico de Piracicaba com a Prefeitura de Piracicaba, a Secretaria de Cultura e o Museu Prudente de Moraes.

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O ponto central do livro é mostrar a maneira como a sociedade de Piracicaba se comportou durante os três meses da última insurreição social armada, a partir de relatos escritos pelos piracicabanos nas trincheiras e nos fronts de batalha.

O evento contará com distribuição gratuita de 120 exemplares com distribuição de senha, por ordem de chegada, antes do início no local.

Desde o início da década passada, Edson Rontani Júnior tem se dedicado a pesquisar a Revolução de 1932, reunindo depoimentos, fotografias e relatos pessoais e familiares que compõem o material da publicação. "A obra busca conhecer como a sociedade local viveu a Revolução Constitucionalista com toque de recolher, racionamento de itens essenciais à vida e se isolou no interior do Estado com medo de ser atacada por vias fluviais, por terra ou pelo ar", explica o autor.

Para essa imersão histórica, Rontani consultou os três jornais da época: o Jornal de Piracicaba, a Gazeta de Piracicaba e O Momento. Essas publicações foram protagonistas da Revolução, divulgando diariamente cartas e opiniões sobre o avanço das forças federais em território paulista.

O contexto da Revolução de 1932

A Revolução de 1932 clamava por uma Constituição mais democrática, prometida pelo presidente Getúlio Vargas desde sua posse. Contra o autoritarismo de Vargas, os paulistas pegaram em armas para enfrentar as tropas federais que pretendiam avançar sobre a capital paulista e depor a liderança revolucionária.

"As cartas enviadas por piracicabanos aos jornais e familiares foram os principais relatos de como esta 'guerra' se desenvolvia, principalmente no norte de São Paulo, nas divisas com Rio de Janeiro e Minas Gerais", destaca Rontani. "E meu receio é de que esta história deixe de ser contada. A Revolução ocorreu a 93 anos atrás. Muitos dos relatos estão inacessíveis. Preocupa-me também que seu centenário deve ter alguém que lidere sua lembrança, em 2032, pois Piracicaba teve papel importante neste levante popular, destacando-se como uma das cidades do interior que mais voluntários enviou", completou o autor.

A pesquisa para o livro contou com o apoio de diversas entidades locais, como Abil-Grupo Unidas, Acipi, Atlante, Coop-Cooperativa de Consumo, Embraplan, Instituto Beatriz Algodoal, Unimed Piracicaba e Uniodonto Piracicaba.

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