
O humorista Leo Lins voltou a se envolver em polêmica após fazer piadas sobre o câncer de Preta Gil durante uma apresentação em São Paulo, pouco tempo depois de ter sido condenado a mais de oito anos de prisão por piadas com teor racista e discriminatório. O conteúdo ofensivo foi amplamente criticado por internautas e artistas nas redes sociais.
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Durante o show, realizado para cerca de 700 pessoas, com proibição de uso de celulares para filmagens, Leo Lins relembrou que foi processado por Preta Gil anos atrás, após chamá-la de “porca” na televisão. Em seguida, fez uma piada associando a doença da cantora ao processo judicial: “A Preta Gil veio me processar devido a uma piada de anos atrás. Três meses depois que chegou o processo, ela apareceu com câncer. Bom, parece que Deus tem um favorito. Acho que ele gostou da piada. E pelo menos ela vai emagrecer.”
A fala causou revolta instantânea nas redes sociais assim que foi divulgada por perfis que acompanharam a apresentação e denunciaram o teor do conteúdo.
Famosos reagem com indignação
A atriz Alice Wegmann foi uma das primeiras a se manifestar, chamando atenção para o comportamento reincidente do comediante: “Esse monstro ainda está falando absurdos e cometendo crimes por aí?”, escreveu em uma conta que repercutia o caso. O ator e ex-deputado federal Alexandre Frota também comentou o episódio, criticando o limite ultrapassado por Lins: “Leo Lins, a gente já se conhece, você algumas vezes teve a oportunidade de brincar comigo e eu sei que levei tudo numa boa. Eu, inclusive, me calei diante da sua condenação, mas falar da doença da Preta Gil é inaceitável.”
Frota ainda completou com um desabafo sobre a gravidade da fala: “Talvez você desconheça a dor dos pais e das mães que têm seus filhos condenados a essa doença. Talvez você desconheça que milhares de crianças no Brasil e no mundo não chegarão à sua idade.”
Condenação e histórico de controvérsias
Leo Lins foi condenado recentemente a oito anos e seis meses de prisão por conta de piadas consideradas racistas e preconceituosas. A sentença, ainda passível de recursos, não tem impedido que o humorista continue se apresentando — em geral com proibição de gravações, justamente para evitar que piadas ofensivas sejam divulgadas.
Mesmo assim, vídeos e relatos seguem circulando na internet, mostrando que o tom do humor permanece inalterado. As redes sociais seguem sendo o principal palco de debate sobre os limites do humor e o impacto que declarações como as de Lins têm sobre pessoas em situação de vulnerabilidade.