SEGURANÇA

PF assume fiscalização de CACs a partir de julho; Veja o que muda

Por Bia Xavier/JP |
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Imagem: Freepik
Mais de 600 servidores da PF já foram treinados para atuar na fiscalização de CACs
Mais de 600 servidores da PF já foram treinados para atuar na fiscalização de CACs

A partir de 1º de julho, a Polícia Federal (PF) passará a controlar, registrar e fiscalizar as atividades de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores — os chamados CACs — em todo o Brasil. A medida representa uma mudança significativa na estrutura de fiscalização de armas no país, substituindo o Comando do Exército, que desempenhava essa função até agora.

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Com a mudança, caberá à PF autorizar compras, registrar licenças, conceder guias de tráfego, fiscalizar estabelecimentos e atividades ligadas ao comércio varejista de armas para pessoas físicas. Também será responsabilidade da corporação acompanhar e inspecionar a atuação de CACs em todo o território nacional.

Para isso, foram qualificados cerca de 600 servidores, que atuarão em 123 delegacias especializadas nas capitais e em 96 núcleos de controle de armas em delegacias no interior. O objetivo é ampliar a presença da fiscalização e garantir mais eficiência no acompanhamento das atividades ligadas ao uso de armamentos.

Com foco em transparência e controle social, a PF anunciou o desenvolvimento de um painel de Business Intelligence (BI) que centralizará dados estatísticos sobre as atividades dos CACs. A ferramenta trará informações sobre número de registros, tipos de armas em circulação, autuações, apreensões e vistorias realizadas. O painel promete facilitar o acesso público a dados relevantes sobre o universo armamentista no Brasil.

Transição 

A transferência de responsabilidade foi estabelecida pelo Decreto nº 11.615, assinado em julho de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que regulamentou o Estatuto do Desarmamento. A transição foi oficializada por meio de um Acordo de Cooperação Técnica entre os ministérios da Justiça e da Defesa, com um termo aditivo publicado em dezembro de 2023, fixando a data de 1º de julho de 2025 para a entrada em vigor da mudança.

Em apoio à nova estrutura, o Ministério da Justiça destinou R$ 20 milhões para custear a reorganização e implementação das novas atribuições da Polícia Federal.

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