O projeto “Diagnóstico Ambiental da Bacia do Rio Piracicaba”, realizado pela Associação Remo Piracicaba, divulgou os primeiros resultados da pesquisa, na tarde desta sexta-feira (14). O estudo tem como objetivo principal avaliar a qualidade da água e identificar os impactos causados pelos afluentes no manancial. As coletas foram feitas em mais de 22 pontos estratégicos ao longo da bacia, oferecendo uma visão detalhada da situação ambiental da região. A ação faz parte da programação do 7º Passeio a Remo de Piracicaba, que ocorrerá neste sábado. “É um evento que celebra a canoagem e enfatiza a importância da preservação dos recursos hídricos, por isso a importância de apresentarmos o resultado da primeira fase do diagnóstico”, afirmou o presidente da associação, José Valdir Lopes.
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A análise do projeto abrange 17 parâmetros e conta com a parceria científica do Laboratório Mérieux Nutrisciences. Entre os principais resíduos encontrados pelos pesquisadores estão ferro e alumínio dissolvidos, cloro residual, coliformes fecais e manganês. O laboratório foi responsável pela análise das amostras, que foram coletadas ao longo de todo o percurso do rio, desde sua nascente, em Americana até a região de Barra Bonita. “As análises seguiram os critérios estabelecidos pela Resolução CONAMA 357, com a missão de produzir um relatório analítico completo para apoiar a Associação Remo e os cientistas envolvidos, com o objetivo de desenvolver ações de conservação e proteção da biodiversidade local”, explicou a Gerente de Operações, Valéria Castilho.
O promotor de Justiça do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), Ivan Carneiro, enfatizou que diversos parâmetros analisados estão acima dos limites legais permitidos. Ele também ressaltou que o Ministério Público realizará uma análise mais aprofundada para entender as causas desses problemas e buscar soluções eficazes para os impactos ambientais.
A primeira fase do projeto foi realizada entre os dias 02 e 05 de dezembro de 2024. Ainda estão previstas mais três expedições ao longo de 2025, com a repetição das análises nos mesmos pontos monitorados.