
Um estudo do Cepes (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), de Piracicaba, detectou que o preço dos ovos está em tendência de alta em fevereiro de 2025, em relação a janeiro. As altas nas principais regiões produtoras do alimento no Brasil chegam a 8,2% com relação ao mês passado.
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De acordo com o levantamento do Cepea, o preço da caixa com 30 dúzias passou dos R$ 235 em algumas regiões. Em nota, o Cepea informou que o movimento de alta teve início na segunda quinzena de janeiro. “O avanço está atrelado ao aumento gradual da demanda pela proteína e à oferta limitada. As elevações nos primeiros dias de fevereiro já superam as observadas no primeiro mês de 2025”, citou em comunicado oficial.
“De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, há relatos de dificuldades para atender à demanda de clientes regulares em diversas regiões, enquanto a busca por novos compradores também tem aumentado. A expectativa é que a procura permaneça aquecida nos próximos dias, impulsionada tanto pelo período de recebimento de salários quanto pelo retorno das aulas escolares”, completou o Cepea em análise publicada.
A análise dos preços foi feita com base nas regiões produtoras de Bastos (SP), Grande Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Grande São Paulo e Santa Maria do Jequitibá (ES). As maiores variações aconteceram no Estado de São Paulo. A caixa de 30 dúzias de ovos brancos variou 8,17% para o produto vendido em Bastos, sendo comercializada a R$ 199,23. Na mesma região, os ovos vermelhos são vendidos a R$ 226,95 a caixa com 30 dúzias, uma variação de 8,29%.
A região produtora de ovos na Grande São Paulo também apresentou alta nos preços. A caixa com 30 dúzias de ovos brancos foi vendida a R$ 206,84, uma variação de 5,52%, enquanto que a caixa com 30 dúzias de ovos vermelhos sai a R$ 231,32, 5,79% a mais com relação ao mês de janeiro.
Janeiro
A alta começou a ser observada ainda no mês de janeiro. Segundo relatório do Cepea, publicado na última semana de janeiro, a alta dos ovos já passava dos 20% à época. A principal causa, segundo o Cepea, era a “combinação de oferta restrita e demanda aquecida, levando produtores e distribuidores a enfrentarem dificuldades para atender a todos os pedidos”, citou. “Além da maior procura pela proteína, reflexo do crescimento das vendas no atacado para abastecer redes atacadistas e varejistas, a disponibilidade do produto também está mais controlada. Agentes consultados pelo Cepea relatam que o descarte de poedeiras mais velhas influenciou na redução da oferta doméstica”, completou o Centro de Pesquisas da Esalq.