Nos últimos 12 meses, o arroz acumulou alta de 28,39%. São dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o principal medidor de inflação do país.
Prato tradicional do brasileiro, o temor é que o produto suba de preço - o que já está acontecendo em algumas capitais devido à insegurança na distribuição do produto após a tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul. O Estado gaúcho é responsável por 70% da produção nacional.
Além disso, supermercados já adotam o racionamento da venda do arroz, uma vez que houve uma corrida do consumidor pela compra.
A tendência de alta costuma ser o caminho mais comum do preço dos alimentos em situações de desastre.
O arroz vai ficar mais caro?
Sim, deve haver um aumento no preço de alimentos. Mesmo considerando que seria impreciso medir agora os impactos das perdas, já é possível afirmar que haverá um aumento no preço de alimentos.
O preço dos alimentos não é controlado pelo governo ou alguma entidade. Na prática, isso faz com que aumentos sejam sentidos de forma mais rápida pelo consumidor final.
Conforme o JP já mostrou, um relatório do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq (Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz) de Piracicaba apontou que o preço do arroz já aumentou em média 8,06% no acumulado de abril de 2024 como consequência das chuvas que afetam o Rio Grande do Sul. Segundo o relatório, houve prejuízo nas áreas produtoras por conta de inundações nos campos, além das falhas logísticas causadas pelas tempestades.
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Vai faltar arroz no Brasil?
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) garante que isso não vai acontecer, mas se a população começar a estocar o produto em casa com medo da falta, pode haver uma desestabilização no fornecimento.
Nesta sexta-feira (10), o Governo Federal autorizou a importação, em caráter excepcional, de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O objetivo é recompor os estoques públicos para o enfrentamento das consequências sociais e econômicas decorrentes dos eventos climáticos extremos ocorridos no Rio Grande do Sul.
A ação foi tomada por meio da Medida Provisória (MP) Nº 1.217, publicada em edição extra do Diário Oficial no dia 9/05. De acordo com o documento, a compra de arroz por meio de leilões públicos, a preço de mercado, é válida para 2024. Os estoques serão destinados, preferencialmente, à venda para pequenos varejistas das regiões metropolitanas.
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