Uma das cenas que mais sensibilizou as equipes de polícia, socorro e imprensa que trabalharam no encontro do corpo da menina Victória Lorraynne, de apenas 14 anos, em uma mata na região do bairro Recreio, foi o pavor estampado nos olhares das crianças, adolescentes, avós e mães na tarde desta terça-feira (30) na zona rural de Charqueada.
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Sentadas em bancos de madeira ao lado da casa da mãe de Victória, as mulheres incrédulas e inconformadas com o desfecho trágico do caso, observavam em pânico a movimentação das viaturas, carros de imprensa, o veículo funerário e um helicóptero.
Elas procuravam entender tamanha maldade cometida por um "monstro" contra uma criança pura e indefesa de 14 anos e, ao mesmo tempo demonstravam grande preocupação com suas filhas e netas para a retomada da rotina de tranquilidade "ilusória" na região rural, já afetada pelo tráfico de drogas, que têm "braços" em todos os lugares.
"Desde que Victória foi levada gritando por socorro, cada vez que minhas filhas saem de casa eu fico desesperada, seja para comprar pão pela manhã ou para estudarm ", disse a dona de casa Geni Almeida Vicentin, 48, mãe e moradora do Recreio.
Duas amigas de Geni afirmaram que, apesar do medo de todos no bairro, as crianças até ficam em casa, mas os adolescentes já têm sua rotina com compromissos de estudo e até ajudando os pais que precisam trabalhar.
A preocupação com a segurança das crianças, adolescentes e mulheres é geral nos bairros Santa Luzia, Tabela, Jardim Elite e Recreio, já que a outra menina Yasmin de 17 anos, continua desaparecia desde 2023.
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