Uma perícia paralela que está investigando a morte de Ana Lívia, menina de 13 anos assassinada pela colega de 12 em Taubaté, está realizando uma reconstituição do crime nesta quarta-feira (9). A iniciativa é de uma equipe de advogados que representa a família da vítima.
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A investigação acontece após a finalização do inquérito realizado pela polícia sobre a morte, que foi questionada pela família de Ana Lívia pela falta de detalhes considerados relevantes para o caso. “Com essa investigação, queremos esclarecer todas as dúvidas que ficaram sobre o que aconteceu no dia do crime”, explica o advogado Jefferson Coutinho.
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Ana Lívia foi morta em sua casa no dia 27 de setembro deste ano, enquanto se arrumava para ir à escola junto a uma amiga. Depois de uma discussão, a menina atirou contra Lívia na nuca, voltou para casa para esconder a arma e foi para escola assistir à aula. Horas depois, a mãe da vítima encontrou-a já sem vida em seu quarto.
De acordo com o advogado, uma das principais dúvidas que precisa ser solucionada é como a menina aprendeu a atirar e como ela foi para a escola a tempo de assistir à aula. “Ela saiu da casa às 12h41. Da casa onde ela mora, até a escola, o trajeto a pé leva mais de 15 minutos. Não descartamos a possibilidade dela ter tido auxílio para deixar o local do crime”, afirma Coutinho.
CRIME.
O caso aconteceu no dia 27 de setembro, no bairro Jardim Paulista, em Taubaté, antes de Ana Lívia e a garota de 12 anos irem para a escola. Pela manhã, Lívia ligou para a mãe perguntando se a amiga podia ir até sua casa para que as duas pudessem ir para a escola juntas, de carona com a mãe de outra colega.
Horas depois, a mãe de Ana Lívia encontrou a menina já sem vida, em seu quarto. De acordo com a polícia, a menina de 12 anos confessou ter atirado contra Ana Lívia com uma arma de fogo que pertence ao seu tio, que trabalha como agente penitenciário.
Lívia foi encontrada com um tiro na nuca, com o corpo caído em cima de uma mesa de cabeceira. A menina foi encaminhada para a Fundação Casa, onde espera por julgamento para definição da medida socioeducativa que será aplicada em seu caso.