
O MP (Ministério Público) considerou que a menina de 12 anos que atirou contra Ana Lívia, de 13, em Taubaté, apresenta comportamento que "coloca a si e aos demais em risco", além de demonstrar alto grau de "insensibilidade" e "desprezo com a vida humana".
A representação do MP contra a menina descreve que Ana Lívia e a atiradora eram colegas de escola e vinham se desentendendo por conta da amizade entre elas e outra colega. O fato culminou na morte de Ana Lívia no dia 27 de setembro, que levou um tiro na nuca de sua amiga em sua própria casa, minutos antes de irem à escola.
O MP afirma que a adolescente praticou o ato infracional por "motivo fútil", já que tirou a vida da vítima por um desententimento por conta de ciúmes da atiradora com a amizade entre Ana Lívia e outra colega.
Ainda segundo o MP, a adolescente se valeu de recurso que dificultou qual quer chance de defesa da vítima. "Uma vez que entrou em sua resdiência, em poder de arma de fogo, mometos antes da aula, aproveitando-se de sua distração e a antigiu de surpresa e pelas costas", diz o documento.
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A acusada teve a internação provisória requerida, o que foi atendido. A menina de 12 está internada em uma unidade da Fundação Casa na capital, onde espera pelo julgamento que acontecerá no dia 7 de novembro, quando um juiz deve definir a medida socioeducativa a ser cumprida por ela.
O MP salienta no documento que a dinâmica dos fatos ocorreu após de um pequeno desentendimento, o que demonstra "ausência de freios inibitórios à prática de qualquer ato infracional", além de "comportamento que coloca a si e aos demais em risco".
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No documento, o MP também descreve que a menina foi até à escola após cometer o ato, como se nada anormal tivesse ocorrido. "Comportamento que demonstra ainda ato grau de insensibilidade e desprezo com a vida humana".
A promotoria ressalta que, por tratar-se de um ato planejado, existe a "necessidade de maior cautela na valoração do ato infracional".
O Tribunal de Justiça acatou a representação e ainda ressaltou que, mesmo recolhida à Fundação Casa, a menina "não tem percepção da gravidade da situação" e que "mesmo depois de várias abordagens desta equipe técnica em refletir na gravidade da ação, ela permanece com relatos superficiais e com preocupação apenas com sua vida".
O CRIME.
O caso aconteceu no dia 27 de setembro, no bairro Jardim Paulista, em Taubaté, antes de Ana Lívia e a garota de 12 anos irem para a escola. Pela manhã, Lívia ligou para a mãe perguntando se a amiga podia ir até sua casa para que as duas pudessem ir para a escola juntas, de carona com a mãe de outra colega.
Horas depois, a mãe de Ana Lívia encontrou a menina já sem vida, em seu quarto. De acordo com a polícia, a menina de 12 anos confessou ter atirado contra Ana Lívia com uma arma de fogo que pertence ao seu tio, que trabalha como agente penitenciário.
Lívia foi encontrada com um tiro na nuca, com o corpo caído em cima de uma mesa de cabeceira. A menina foi encaminhada para a Fundação Casa, onde espera por julgamento para definição da medida socioeducativa que será aplicada em seu caso.
Comentários
1 Comentários
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Sandro Rogerio 26/10/2022Não me conformo com o que aconteceu com essa menina. Não me conformo! Será que ninguém tinha desconfiado disso???