A forte ventania que atingiu São Paulo nesta quarta-feira (10) provocou um efeito cascata no tráfego aéreo paulista e levou o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), a receber ao menos nove voos que originalmente pousariam em Guarulhos e Congonhas. As rajadas chegaram a 98 km/h na estação do Inmet localizada na Lapa, na Zona Oeste da capital, segundo medições oficiais.
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Além dos desvios, diversos passageiros enfrentaram momentos de tensão. Passageiros do voo 5037 da Azul, que vinha de Curitiba (PR) com destino a Congonhas, relataram tontura, náusea e episódios de vômito após uma turbulência persistente desde a decolagem. A aeronave ainda precisou arremeter antes de seguir para Campinas, onde pousou sem problemas. Um passageiro recebeu atendimento médico no terminal e foi liberado no meio da tarde.
A condição climática severa também ampliou o cenário de transtornos na Grande São Paulo: milhões de imóveis ficaram sem energia, dezenas de árvores caíram, parques foram fechados e atendimentos hospitalares foram suspensos. O impacto dos ventos se estendeu ao transporte aéreo, causando alternâncias, atrasos e cancelamentos.
Entre as operações desviadas para Viracopos esteve o voo 3611 da Latam, que partiu de Palmas (TO) com destino a Guarulhos. Registros do sistema de monitoramento aéreo confirmaram a mudança de rota.
O que dizem as companhias aéreas
Azul
A Azul informou que precisou alternar quatro voos e cancelar outros sete nos aeroportos paulistas devido às condições meteorológicas, classificadas como “motivo alheio à sua vontade”. A empresa reforçou que os clientes afetados estão recebendo atendimento conforme determina a Resolução 400 da Anac.
Gol
A Gol confirmou a alteração de duas operações — os voos G3 1347 e G3 1671 — ambos redirecionados para Viracopos por questões de segurança. A companhia destacou que todas as decisões seguiram protocolos de segurança e que o suporte aos passageiros está sendo prestado.
Latam
A Latam também registrou alternâncias, atrasos e cancelamentos em voos de chegada e partida em São Paulo. A empresa apontou que o cenário meteorológico estava fora de seu controle e afirmou estar fornecendo assistência aos passageiros conforme previsto em normas da aviação civil.
Apesar dos transtornos, as três companhias ressaltaram que priorizam a segurança nas operações e adotam medidas técnicas e operacionais necessárias para preservar a integridade de passageiros e tripulações.