A formação de um ciclone extratropical no Sul do Brasil alterou o clima em diversas regiões do país e levou Piracicaba (SP) a registrar o maior acumulado de chuva de 2025 em um único dia. De acordo com medições da Esalq-USP, o município somou 103,1 milímetros nesta terça-feira (09), terceiro maior volume já registrado pela estação desde o início das medições, em 1917.
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Com a intensificação das instabilidades, a cidade enfrentou pontos de alagamento e a queda de uma árvore na Avenida Centenário, que chegou a bloquear parte da via. O acumulado de chuva nos primeiros dias de dezembro já se aproxima da média histórica do mês, reforçando a força do fenômeno.
Ciclone intensifica ventania e temporais no Sul e Sudeste
O sistema atmosférico, descrito pela Climatempo como de forte intensidade, segue em direção ao oceano após se formar no Rio Grande do Sul, mas permanece influenciando o clima em RS, SC, SP, MG e RJ. Rajadas podem ultrapassar 90 km/h em áreas do Sul e chegar aos estados do Sudeste, com risco de tempestades severas.
No Sudeste, as instabilidades atingem São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, com possibilidade de granizo, descargas elétricas e queda de energia. Já no Centro-Oeste, a chuva perde força, mas ainda ocorre de forma moderada em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. No Nordeste e no Norte, o cenário varia entre pancadas fortes e períodos de calor e baixa umidade.
Previsão do tempo para Piracicaba
A instabilidade permanece nos próximos dias, influenciada pelo deslocamento do ciclone:
Quarta (10): temperaturas sobem para 28 °C, ainda com risco de ventos fortes;
Quinta (11): máxima pode chegar a 30 °C, com possibilidade de temporais isolados.
Cidades próximas, como Limeira e Nova Odessa, também devem registrar altos índices de precipitação.
Atenção redobrada
A Defesa Civil paulista alerta para possíveis quedas de árvores, danos em áreas rurais e interrupções no fornecimento de energia. O Inmet mantém avisos amarelo e laranja para tempestades na região. Em situações de emergência, os contatos são 199 (Defesa Civil) e 193 (Bombeiros).
Mesmo avançando para alto-mar, o ciclone seguirá impulsionando instabilidades no Sudeste, exigindo cautela da população e acompanhamento frequente das atualizações meteorológicas.