Golpistas têm recorrido a uma tecnologia clandestina para disseminar mensagens fraudulentas em massa e enganar moradores de grandes cidades. Usando transmissores instalados discretamente em apartamentos altos, eles enviam SMS que simulam avisos urgentes de bancos, lojas e empresas de entrega — tudo para induzir as vítimas a clicar em links maliciosos ou telefonar para números falsos.

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A prática, conhecida como “antenas falsas”, é capaz de conectar celulares próximos por alguns segundos e forçar a entrega de mensagens enganosas. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), um único equipamento pode alcançar um raio aproximado de 2 km e disparar mais de 100 mil mensagens em apenas um dia.

Como funciona o esquema

As estruturas montadas pelos criminosos geralmente passam despercebidas. Em vez de torres robustas de telefonia, os golpistas utilizam aparelhos simples e portáteis. A operação, porém, segue uma lógica bem estabelecida:

• Ocupação rápida: imóveis de curta temporada são alugados em áreas movimentadas, reduzindo o risco de identificação.
• Montagem do transmissor: uma caixa compacta, conectada a uma antena reduzida, simula o sinal legítimo da rede.
• Controle remoto: um computador aciona o disparo automático das mensagens fraudulentas.
• Captura de aparelhos: celulares próximos são temporariamente redirecionados ao sinal pirata e recebem as notificações falsas.

Além do risco de cair em golpes financeiros, usuários próximos às antenas ilegais costumam sentir o impacto imediato: instabilidade no sinal, quedas de ligação e falhas nas redes móveis.

O que o usuário deve fazer

Como o celular é temporariamente capturado pelo transmissor pirata, não há como bloquear a recepção da mensagem. A orientação da Anatel é simples: não clicar em links e não ligar para os telefones indicados no SMS. Em caso de dúvida, o ideal é consultar diretamente os canais oficiais das empresas, disponíveis em seus sites ou aplicativos.