DICAS

VEJA o que realmente funciona contra a sua barriga de chope

Por Da redação |
| Tempo de leitura: 3 min
Freepik

Aquela barriga mais saliente, muitas vezes chamada de “barriga de chope”, pode ser um sinal de alerta do organismo. Diferente da gordura localizada sob a pele, o tecido adiposo que se instala entre os órgãos — conhecido como gordura visceral — altera processos hormonais, favorece inflamações silenciosas e aumenta o risco de doenças graves.

VEJA MAIS:


  • Clique aqui e receba, gratuitamente, as principais notícias da cidade, no seu WhatsApp, em tempo real. 

Uma das formas mais simples de identificar esse acúmulo é medir a circunferência abdominal na altura do umbigo. De acordo com parâmetros internacionais amplamente adotados, valores acima de 101,5 cm para homens e 89 cm para mulheres já indicam risco elevado, mesmo quando o peso total se mantém dentro de faixas consideradas normais. Exames como bioimpedância e ressonância magnética também ajudam a estimar com mais precisão a composição corporal.

Além do desconforto estético, o excesso de gordura visceral está associado a quadros de diabetes tipo 2, pressão alta, síndrome metabólica e ao desenvolvimento de esteatose hepática. A inflamação contínua causada por esse tipo de gordura compromete o funcionamento de vasos sanguíneos e órgãos vitais, aumentando significativamente a probabilidade de eventos cardiovasculares.

Para reduzir esse acúmulo de forma eficaz e duradoura, especialistas recomendam estratégias que atuam tanto no estilo de vida quanto nos hábitos alimentares:

1. Perda de peso gradual

Pesquisas realizadas na Europa mostram que reduzir apenas 5% do peso corporal já promove mudanças importantes. Em pacientes analisados, essa perda modesta representou uma queda de cerca de 30% da gordura no fígado, reforçando que pequenas metas são mais sustentáveis — e eficientes — do que dietas extremamente restritivas.

2. Alta intensidade no treino

Protocolos de treinamento intervalado (HIIT) têm chamado atenção pela alta eficiência na queima de gordura. Estudos brasileiros apontam que, minuto a minuto, o método pode gerar até quase o dobro de gasto lipídico quando comparado a exercícios contínuos de intensidade moderada. A alternância de ritmos aumenta o estímulo metabólico e otimiza o tempo de treino.

3. Mais cereais integrais no prato

A inclusão diária de grãos integrais, como aveia, arroz integral e trigo integral, está associada a uma diminuição consistente da gordura abdominal profunda. Em uma pesquisa com milhares de participantes, quem consumia três porções desses alimentos apresentou menor acúmulo visceral a longo prazo, graças ao maior aporte de fibras e ao melhor controle glicêmico.

4. Abacate como aliado da saúde

O abacate, embora calórico, é rico em gorduras monoinsaturadas, fitoesteróis e compostos antioxidantes — mais de 500 tipos já identificados. Esses elementos auxiliam no combate à inflamação e na regulação do colesterol, colaborando para um ambiente metabólico menos favorável ao armazenamento de gordura visceral.

5. Terapias complementares

Entre as tecnologias utilizadas como suporte ao tratamento, o laser infravermelho vem ganhando espaço. Pesquisas conduzidas no interior de São Paulo mostraram que, quando combinado a exercícios e reeducação alimentar, o procedimento reduziu em até 90% os sinais de gordura no fígado em comparação ao grupo que não passou pela técnica. Apesar disso, o recurso é considerado apenas um complemento — nunca substituto — de um estilo de vida saudável.

Cuidar da gordura visceral é uma forma de proteção para o corpo todo. Ajustes graduais, atividade física adequada e escolhas alimentares consistentes formam o conjunto mais seguro e eficaz para prevenir complicações metabólicas e fortalecer a saúde a longo prazo.

Comentários

Comentários