Depois de uma maratona judicial que atravessou a noite e consumiu quase 16 horas, o Tribunal do Júri colocou um ponto final — ao menos por enquanto — no caso que há anos mobiliza a comunidade: o assassinato da ex-vereadora e líder comunitária Madalena Leite. Na madrugada desta quinta-feira (20), os três acusados foram considerados culpados e receberam penas severas.
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Os jurados acolheram integralmente a denúncia do Ministério Público, reconhecendo homicídio qualificado, com as agravantes de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. A juíza responsável fixou as penas de 32 anos de reclusão para J. e M. Além de 36 anos de prisão para W.
A defesa — formada por quatro advogados — reagiu imediatamente após o anúncio das sentenças. Para eles, o veredito não se sustenta e todos os réus irão recorrer.
O julgamento foi marcado por depoimentos longos, confrontos entre versões e momentos de forte tensão. Representantes da Comissão de Direitos Humanos acompanharam toda a sessão, dada a relevância social e simbólica do caso.
Segundo o Ministério Público, o crime teria sido motivado por vingança, após um dos condenados — antes aliado próximo de Madalena — romper com ela e ser afastado de atividades em um centro comunitário. Esse conflito, aponta a acusação, teria sido o estopim para o ataque fatal.
O desfecho no plenário do Júri não encerra a disputa. Com o anúncio de recursos, o processo ainda deve ganhar novos capítulos nos tribunais.
O desfecho do caso coloca um fim no drama vivido por familiares, amigos e admiradores de Madalena Leite, que desde a notícia do assassinato e prisão dos indivíduos, estavam indignados e clamando por justiça.