O consumo de café demonstrou relação com uma microbiota intestinal mais saudável, conforme um estudo publicado na revista Nature. A pesquisa analisou o DNA fecal de 22 mil participantes e identificou 115 espécies de microrganismos mais abundantes em indivíduos que bebiam, no mínimo, três xícaras de café por dia.
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A bactéria Lawsonibacter asaccharolyticus foi a mais destacada no estudo, apresentando níveis oito vezes maiores entre os consumidores de café.
Segundo especialistas, a bebida pode atuar na saúde intestinal devido à sua composição. O café contém fibras solúveis, ácidos clorogênicos e polifenóis. Esses componentes não são completamente digeridos no estômago e intestino delgado, chegando ao intestino grosso em estado íntegro.
Essas fibras e compostos servem de substrato para bactérias benéficas, em especial as dos gêneros Bifidobacterium e Lactobacillus. Ao fermentar essas substâncias, as bactérias produzem ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato, que possuem efeitos anti-inflamatórios e contribuem para a saúde intestinal e a imunidade.
O café afeta cada pessoa está ligada ao metabolismo individual da cafeína. Indivíduos com metabolismo rápido eliminam a cafeína com facilidade. Para eles, o café tende a gerar mais benefícios, incluindo maior energia e proteção cardiovascular.
Pessoas com metabolismo lento demoram mais para processar a cafeína. Nesse grupo, doses elevadas da bebida podem elevar a chance de palpitação, ansiedade, insônia e risco cardiovascular.
Vale lembrar que o consumo de café deve ser moderado. Em caso de dúvidas consulte um nutricionista.