Nos últimos meses, o Brasil vem enfrentando um problema que preocupa consumidores e o setor alimentício: o aumento das apreensões de azeite falsificado. Além disso, a variedade de tipos de azeite disponíveis nas prateleiras pode confundir na hora da escolha. Entender as diferenças e saber identificar produtos de qualidade é essencial para evitar riscos à saúde e prejuízos no bolso.
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Fraudes no mercado: como identificar o azeite adulterado
A fraude mais comum no azeite de oliva extravirgem é a diluição com outros óleos vegetais, como soja e canola, além do uso de corantes e aromatizantes proibidos. O consumo desse tipo de produto pode causar náuseas, dores abdominais, vômitos e até intoxicações.
Para reduzir o risco de cair em golpes, especialistas recomendam:
- Desconfiar de preços muito baixos: o azeite extravirgem tem custo elevado; promoções exageradas podem indicar fraude.
- Observar o rótulo com atenção: prefira produtos envasados e produzidos no mesmo local, com informações claras.
- Escolher embalagens de vidro escuro: ajudam a proteger o óleo da luz e conservar suas propriedades.
- Dar preferência a safras recentes: quanto mais fresco, melhor o sabor e o valor nutricional.
Denúncias de azeite suspeito podem ser feitas ao Ministério da Agricultura pelo telefone 0800 704 1995.
Preço do azeite começa a cair em 2025
Após anos de altas expressivas, o azeite voltou a registrar queda nos preços no início de 2025, reflexo da recuperação das safras em países como Espanha, Portugal e Itália. Em Belo Horizonte, por exemplo, o valor médio da garrafa de 500 ml caiu cerca de 6% no primeiro semestre do ano. A tendência é vista como um alívio para o consumidor brasileiro, que chegou a pagar quase 50% a mais em 2023.
Tipos de azeite de oliva e suas diferenças
O azeite de oliva é dividido em três categorias principais:
- Comum: mais barato, com acidez entre 1,5% e 3%, perde em nutrientes.
- Virgem: acidez de 0,8% a 1,5%, aroma e qualidade intermediários.
- Extravirgem: considerado o mais puro e saudável, com acidez inferior a 0,8%. Rico em antioxidantes e gorduras benéficas, deve ser usado principalmente em pratos frios, como saladas e massas.
Benefícios e cuidados do azeite de oliva
Segundo especialistas em nutrição, o azeite de oliva extravirgem contribui para a saúde do coração, reduz inflamações e possui propriedades antibacterianas. No entanto, reutilizá-lo em altas temperaturas pode gerar gorduras trans, elevando o colesterol ruim e aumentando riscos de doenças cardiovasculares.
Além do tradicional azeite de oliva, outros tipos também fazem parte da culinária e oferecem características próprias.
- Azeite de dendê (óleo de palma): muito usado na cozinha baiana, é rico em vitamina A, mas deve ser consumido com moderação devido ao alto teor calórico e de gorduras que podem elevar o colesterol. Estudos indicam que o uso moderado pode reduzir triglicerídeos, mas especialistas alertam para riscos quando consumido em excesso.
- Azeite de abacate: extraído da polpa da fruta, é fonte de gorduras saudáveis e luteína, antioxidante que protege a visão. Pode ser usado tanto em pratos frios quanto no cozimento, mas deve ser comprado prensado a frio para manter suas propriedades. Pesquisas sugerem que auxilia na redução do colesterol ruim (LDL) e no aumento do bom (HDL). Pessoas alérgicas a abacate, no entanto, devem evitá-lo.
Como escolher sem erro
Para garantir segurança, qualidade e benefícios do azeite, a recomendação é optar sempre por marcas confiáveis, checar informações de origem e desconfiar de preços muito abaixo da média. Além disso, armazenar corretamente em local fresco e protegido da luz ajuda a preservar sabor e nutrientes.