MUDANÇAS NA SAÚDE

O que muda com o CPF como identificador no SUS?

Por Bia Xavier - JP |
| Tempo de leitura: 2 min
Foto: gov.br
Cartão SUS será substituído pelo CPF como identificador único no sistema de saúde.
Cartão SUS será substituído pelo CPF como identificador único no sistema de saúde.

O governo federal anunciou nesta terça-feira (16) que o CPF passa a ser o identificador único do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, apresentada pelos ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Esther Dweck (Gestão e Inovação), marca uma reestruturação no sistema de cadastros.

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A partir de agora, todo cidadão com CPF terá inscrição automática, sem precisar procurar uma unidade de saúde. O antigo cartão SUS deixa de ser necessário, encerrando duplicidades e falhas que vinham comprometendo a base de dados.

Limpeza de registros e prazos

O Ministério da Saúde iniciou a revisão da base em julho de 2025. Dos 340 milhões de cadastros, 54 milhões já foram suspensos por não terem CPF. A meta é que até abril de 2026 sejam inativados 111 milhões de registros inconsistentes, restando apenas os compatíveis com os 228,9 milhões de CPFs ativos na Receita Federal.

Mesmo sem CPF, ninguém ficará sem atendimento: estrangeiros, indígenas e ribeirinhos continuarão registrados pelo Cartão Nacional de Saúde (CNS), agora classificado como cadastro complementar. Em emergências, também será possível criar um número provisório, válido por até um ano.

Meu SUS Digital como porta de entrada

A unificação reforça o aplicativo Meu SUS Digital, que reúne dados como histórico de consultas, carteira de vacinação, resultados de exames, medicamentos prescritos, posição em filas de transplantes, doação de sangue e programas específicos de saúde.

Segundo o ministério, a integração permitirá que qualquer unidade do país acesse informações completas do paciente, melhorando o acompanhamento médico e a gestão de políticas públicas.

Com a unificação, 41 sistemas nacionais passarão a operar com o CPF, incluindo notificações de agravos, nascidos vivos, mortalidade, transplantes, imunizações, câncer e assistência farmacêutica. Esses dados serão incorporados à Infraestrutura Nacional de Dados (IND), que cruza informações também com o IBGE e o CadÚnico.

Para o governo, a mudança vai reduzir desperdícios, evitar fraudes, ampliar a transparência e dar mais precisão ao planejamento das ações de saúde.

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