Alunos da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), relataram sintomas como diarreia, febre e vômito após realizarem refeições no Restaurante Universitário (Rucas). Segundo relatos enviados por estudantes, pelo menos 11 denúncias foram feitas até o momento da publicação desta matéria.
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A estudante Hevellyn Talissa dos Santos informou que esteve no local na tarde de quarta-feira (16) e começou a apresentar sintomas horas depois. “Eu fui almoçar no Rucas na quarta à tarde e, umas duas horas depois, começou a me dar azia. Logo depois eu vomitei. E durante a noite tive febre”, disse. A estudante procurou atendimento médico em um pronto-socorro na manhã de quinta-feira (17).
Ela contou que começou a suspeitar de uma possível relação com a refeição no restaurante universitário após identificar relatos semelhantes nas redes sociais. “Eu vi outras pessoas comentando que passaram mal depois de comer lá também”, afirmou.
A Vigilância Sanitária de Piracicaba informou que, até a manhã de quinta-feira (17), não havia registros formais de intoxicação alimentar relacionados ao restaurante da Esalq nos serviços de saúde do município. O órgão acrescentou que, para que medidas formais de investigação sejam iniciadas, é necessário que casos suspeitos sejam notificados por meio dos canais oficiais.
A Prefeitura do Campus da USP em Piracicaba também se manifestou. Segundo a nota, a Unidade Básica de Saúde do campus não diagnosticou nenhum caso de intoxicação alimentar entre os estudantes até o momento. A administração informou ainda que acompanha a situação e está em contato com os órgãos de saúde competentes.
O Restaurante Universitário da Esalq é operado por uma empresa terceirizada desde novembro de 2024. De acordo com a gestão do campus, o restaurante possui alvará sanitário válido e é submetido a vistorias regulares conforme exigido pela legislação sanitária.
O Rucas oferece três refeições diárias — café da manhã, almoço e jantar — a um custo de R$ 2,00 para estudantes, servidores e demais membros da comunidade acadêmica. O restaurante é considerado um dos principais mecanismos de apoio à permanência estudantil na universidade, devido ao preço acessível das refeições.
Até a conclusão desta matéria, não havia confirmação oficial de que os sintomas relatados tenham sido provocados pelos alimentos servidos no local. A universidade afirmou que continua monitorando os relatos dos estudantes.