TARIFAÇO DE TRUMP

Dólar segue em alta após taxação de Trump nesta sexta-feira (11)

Por Bruno Mendes/JP |
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Foto: Freepik
Mercado fica atento às reações após aumento das taxas impostas por Donald Trump sobre importações de produtos brasileiros
Mercado fica atento às reações após aumento das taxas impostas por Donald Trump sobre importações de produtos brasileiros

 O mercado financeiro brasileiro opera sob o impacto das novas tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nesta sexta-feira (11), o dólar registra alta, enquanto o cenário econômico doméstico acompanha de perto a reação do governo Lula e a divulgação dos dados do setor de serviços.

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No início desta manhã a moeda norte-americana avançava 0,38%, cotada a R$ 5,564. Na véspera, o dólar já havia fechado em alta de 0,72%, a R$ 5,543. Com esse movimento, a divisa acumula ganhos de 2% em julho, embora ainda registre perdas de 10,3% em 2025 frente ao real.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), iniciará suas negociações às 10 horas. No dia anterior, o indicador encerrou o pregão em queda de 0,54%, atingindo 137,7 mil pontos. No acumulado do mês, a Bolsa brasileira registra perdas de 1,52%, mas mantém ganhos de 13,68% no ano.

Reação do Governo Lula

O mercado também repercute a firme reação do governo brasileiro ao aumento de 50% nas tarifas impostas por Donald Trump sobre todos os produtos do Brasil. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, na noite passada, o Presidente Lula afirmou que, caso não haja uma solução diplomática para o impasse, o Brasil utilizará a Lei da Reciprocidade Econômica e adotará uma tarifa recíproca a partir de 1º de agosto.

Lula destacou que uma comissão com empresários será organizada para tentar negociar a taxa. Contudo, ele advertiu que, se as negociações falharem, o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) e, em último caso, retaliará as tarifas dos EUA. O presidente também aventou a possibilidade de buscar novos mercados para os produtos brasileiros.

"Essa é a hora da gente mostrar que o Brasil quer ser respeitado no mundo. O Brasil é um país que não tem contencioso com nenhum país do mundo e que, portanto, a gente não aceita desaforo contra o Brasil", enfatizou o Presidente brasileiro.

Setor de Serviços cresceu em maio

No cenário doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (11), os dados do setor de serviços referentes a maio deste ano. O volume de serviços no Brasil apresentou uma leve alta de 0,1% em relação a abril, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o setor se encontra 17,5% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e iguala o ponto mais alto da série histórica, alcançado em outubro de 2024.

Na comparação sem ajuste sazonal, o volume de serviços avançou 3,6% em relação a maio de 2024, marcando sua 14ª taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano foi de 2,5%, e o acumulado em 12 meses até maio de 2025 acelerou o ritmo de crescimento para 3%, frente aos 2,7% registrados em abril.

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