Piracicaba registrou 36 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre 1º de janeiro e 26 de junho deste ano. O número representa um crescimento em relação ao último balanço anterior, que apontava 28 óbitos até o dia 9 de junho. A alta nos casos levou a Prefeitura a decretar situação de emergência em saúde pública no dia 19 de maio, válida por 120 dias.
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O cenário local reflete uma tendência observada em todo o Brasil. Dados do boletim InfoGripe, da Fiocruz, mostram que os casos de SRAG seguem elevados em várias regiões do país, mesmo com sinais de estabilização ou queda em alguns estados. O levantamento mais recente analisou a Semana Epidemiológica 26 (de 22 a 28 de junho) e indicou que crianças pequenas e idosos continuam sendo os mais afetados. Entre os casos positivos de SRAG no Brasil nas últimas quatro semanas, os vírus mais identificados foram: Vírus Sincicial Respiratório (47,7%), Influenza A (33,4%), rinovírus (20,6%) e Covid-19 (1,8%). Já entre os óbitos, a Influenza A foi responsável por 74,1%, seguida pelo VSR (14,1%) e pelo rinovírus (10,2%).
Em Piracicaba, a maioria das vítimas era composta por mulheres (52,7%), além de pessoas entre 60 e 79 anos. O município enfrenta ainda um desafio adicional: a baixa cobertura vacinal contra a gripe. Até 26 de junho, apenas 88.498 doses haviam sido aplicadas, sendo que, entre os grupos prioritários — como gestantes, crianças e idosos —, apenas 40,92% da meta havia sido alcançada. A vacinação contra a gripe continua disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com exceção da UBS Paulista e das Unidades de Saúde da Família (USFs). Algumas UBSs também oferecem atendimento em horário estendido, das 17h às 20h.
Em meio à persistência dos vírus respiratórios e à circulação da Influenza A como principal causa de mortes por SRAG, autoridades reforçam a importância da vacinação, especialmente para os grupos mais vulneráveis. Desde o início do ano epidemiológico de 2025, o Brasil já notificou mais de 119 mil casos de SRAG, dos quais mais da metade tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório.