
Sensações dolorosas são comuns em diversas situações do dia a dia, como após um esforço físico intenso ou em casos de lesões leves. No entanto, quando a dor se prolonga e passa a interferir nas atividades rotineiras, ela pode indicar um quadro crônico que requer atenção especializada.
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Segundo Felipe Lacerda Brambilla, médico intensivista e especialista em dor, compreender a diferença entre dor passageira e dor persistente é essencial para o manejo adequado do problema.
— A dor serve como um aviso do organismo, mas se ela continua por mais de três meses, mesmo após a resolução da causa inicial, passa a ser considerada uma condição clínica por si só — explica o médico.
A seguir, Brambilla destaca sete situações em que a dor pode indicar algo além do esperado e justificar avaliação médica:
1. Dor com duração superior a 12 semanas
Quando a dor se mantém presente por mais de três meses, mesmo após a recuperação de uma lesão ou enfermidade, o quadro pode ser caracterizado como dor crônica.
2. Intensificação do desconforto ao longo do tempo
Se a dor se torna mais forte com o tempo, ao invés de diminuir com repouso, tratamento ou medicação, pode haver um agravamento da condição.
3. Interferência nas atividades cotidianas
Dores que comprometem o sono, a alimentação, o estado emocional, as relações pessoais ou o desempenho no trabalho não devem ser ignoradas.
4. Uso contínuo de analgésicos
A necessidade constante de medicamentos para aliviar a dor pode indicar uma condição que está sendo mascarada pela automedicação, o que pode trazer riscos adicionais.
5. Sintomas neurológicos associados
Queimação, formigamento, sensações semelhantes a choques ou aumento da sensibilidade ao toque são sinais que podem estar relacionados a alterações nos nervos.
6. Dor sem causa identificável
Mesmo quando não há um motivo físico aparente, a dor pode estar relacionada a condições reconhecidas, como fibromialgia ou enxaqueca.
7. Alterações no estado emocional
Quadros de dor contínua podem vir acompanhados de sintomas como ansiedade, irritação ou depressão. A relação entre dor e saúde mental é reconhecida na prática clínica.
De acordo com o especialista, identificar esses sinais é fundamental para iniciar um tratamento adequado.
— O acompanhamento médico é essencial para compreender e tratar a dor de forma eficaz. Buscar ajuda especializada no início do quadro aumenta as chances de recuperação — conclui Brambilla.
Pessoas que se identificam com essas situações devem procurar orientação profissional. O acompanhamento médico pode contribuir para a retomada de atividades e bem-estar.