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Maníaco do parque pode ser solto em 2028; entenda

Por Will Baldine | Jornal de Piracicaba |
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Francisco de Assis Pereira completará 30 anos na prisão em 2028 e poderá ganhar a liberdade
Francisco de Assis Pereira completará 30 anos na prisão em 2028 e poderá ganhar a liberdade

Com previsão de liberdade para 2028, Francisco de Assis Pereira, conhecido como o Maníaco do Parque, afirma estar pronto para retornar ao convívio social. Segundo uma advogada que o acompanhou nos últimos meses, ela afirma ser contra sua possível soltura, defendendo uma nova avaliação psiquiátrica rigorosa e apontando alto risco de reincidência devido ao transtorno de personalidade antissocial.

Saiba Mais:

A advogada Caroline Landim foi contratada por uma profissional que desenvolve projetos voltados à saúde mental no sistema penitenciário. Segundo relata, Francisco demonstrou interesse em participar das atividades e passou a receber visitas da profissional na unidade prisional de Iaras, no interior de São Paulo.

Landim intermediou esse processo e, a pedido da responsável pelo projeto, começou a prestar apoio remoto a Francisco. Em entrevista, afirmou que ele evita falar sobre planos futuros, mas expressa desejo de compartilhar sua trajetória. O detento costuma mencionar que aprendeu com os próprios atos e que a religiosidade passou a ter um papel relevante nesse processo.

De acordo com Landim, Francisco reconhece que, após décadas privado de liberdade, terá dificuldades para se adaptar ao contexto social atual, mas não demonstra receio quanto à saída. Ele afirma que vai precisar de auxílio nesse processo de reintegração.

Entenda o caso

Francisco foi condenado em 1998 por homicídio e crimes sexuais contra mulheres. A pena ultrapassou 270 anos, mas ele cumprirá 30 anos, limite previsto pela legislação em vigor à época da condenação.

Natural do interior paulista, Francisco trabalhava como motoboy na capital e também participava de competições de patinação. Durante os crimes, se apresentava como agente de modelos e oferecia sessões fotográficas com pagamento, atraindo vítimas até o Parque do Estado, na zona sul de São Paulo.

Em julho de 1998, a polícia encontrou quatro corpos de mulheres em dois dias, todos com sinais de violência sexual e estrangulamento. Outros cadáveres já haviam sido descobertos na mesma área, com características semelhantes.

A investigação

A investigação avançou com os depoimentos de sobreviventes, que permitiram a produção de um retrato falado. A imagem divulgada pela imprensa levou Francisco a deixar o emprego e fugir. Um pescador o denunciou após ele tentar se hospedar em uma pensão no município de Itaqui, no Rio Grande do Sul, próximo à fronteira com a Argentina.

Após a prisão, Francisco foi transferido para a Casa de Custódia de Taubaté. Durante a chegada à unidade, uma multidão se reuniu do lado de fora e tentou agredi-lo.

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