IMIGRAÇÃO!

Brasileiros podem ser afetados por expulsões em Portugal

Por Will Baldine | Jornal de Piracicaba |
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Os imigrantes terão um prazo de 20 dias para sair voluntariamente. Caso contrário, poderão ser retirados de forma compulsória
Os imigrantes terão um prazo de 20 dias para sair voluntariamente. Caso contrário, poderão ser retirados de forma compulsória

O governo de Portugal vai notificar cerca de 18 mil imigrantes em situação irregular para que deixem o território. De acordo com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, essas pessoas tiveram os pedidos de residência recusados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima) após análise administrativa que concluiu o não cumprimento das normas migratórias do país.

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Segundo a declaração do ministro, os imigrantes terão um prazo de 20 dias para sair voluntariamente. Caso contrário, poderão ser retirados de forma compulsória. A primeira leva de notificações, que deve atingir aproximadamente 4.500 pessoas, será feita já na próxima semana.

Parte desses imigrantes, de acordo com o ministro, já havia recebido ordens de saída de outros países do Espaço Schengen ou teve o pedido de residência negado por questões relacionadas a antecedentes criminais.

O número de notificações pode aumentar, já que há cerca de 110 mil solicitações de residência ainda pendentes de análise na Aima.

A Embaixada do Brasil em Portugal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, informou que acompanha o caso e está em contato com as autoridades portuguesas para apurar quantos brasileiros poderão ser impactados pela decisão. O cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Alessandro Candeas, também afirmou que está dialogando com o governo português para obter mais detalhes sobre a medida.

Segundo dados preliminares levantados por diplomatas, o número de brasileiros entre os imigrantes afetados é pequeno, apesar de formarem a maior comunidade estrangeira residente em Portugal.

Em entrevista à rádio portuguesa Observador, o ministro António Leitão Amaro afirmou que cerca de dois terços dos 18 mil pedidos negados são de cidadãos originários de países como Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão.

A decisão do governo foi tornada pública um dia antes do início oficial da campanha para as eleições parlamentares em Portugal, previstas para 18 de maio. A votação será realizada após a dissolução do Parlamento e a queda do então primeiro-ministro Luís Montenegro.

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