
O câncer de bexiga, apesar de receber menos atenção em discussões públicas de saúde, possui uma taxa de incidência relevante em diferentes regiões do mundo. Compreender seus fatores de risco, sinais iniciais e métodos de tratamento pode contribuir para a identificação precoce da doença, fator decisivo na resposta ao tratamento.
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Principais fatores associados ao câncer de bexiga
A exposição a substâncias cancerígenas presentes no cigarro é o principal fator relacionado à maioria dos casos. Pessoas que fumam, ou que estão expostas regularmente à fumaça do cigarro, apresentam risco aumentado.
Além disso, aproximadamente 20% dos diagnósticos estão associados ao contato prolongado com substâncias químicas industriais, como aminas aromáticas, usadas em setores como tinturarias, produção de corantes e fabricação de borracha.
Tipos de câncer de bexiga
O carcinoma urotelial é o tipo mais frequente, responsável pela maior parte dos casos. Há também o carcinoma de células escamosas, geralmente ligado a processos de inflamação prolongada na bexiga, e o adenocarcinoma, ambos com características específicas.
A doença pode se manifestar de forma superficial, limitada ao revestimento interno da bexiga, ou se tornar invasiva, quando atinge camadas mais profundas e pode se espalhar para órgãos próximos ou linfonodos.
Sinais de alerta
Alguns sintomas que podem indicar a presença do câncer de bexiga incluem:
- Presença de sangue na urina
- Dor ou ardência ao urinar
- Aumento da frequência urinária
- Sensação de urgência para urinar
- Dor lombar e perda de peso, em fases mais avançadas
Esses sintomas também podem estar relacionados a outras condições, por isso, a avaliação médica é recomendada em casos persistentes.
Diagnóstico e importância da detecção precoce
O diagnóstico precoce está diretamente ligado a melhores chances de controle da doença. Exames como ultrassonografias, cistoscopia e análise laboratorial da urina podem ser usados na investigação.
Apesar de não haver programas formais de rastreamento para esse tipo de câncer, a atenção a sinais persistentes, como sangue na urina, pode ser decisiva para a detecção em estágios iniciais.
Opções de tratamento
Nos casos em que o tumor está restrito à camada interna da bexiga, o tratamento pode incluir procedimentos por via endoscópica, aplicações de medicamentos diretamente na bexiga (imunoterapia intravesical) ou cirurgia para retirada do tumor.
Em fases mais avançadas, pode ser necessária a remoção completa da bexiga, além de tratamentos como quimioterapia, radioterapia e imunoterapia sistêmica. O tipo de tratamento depende do estágio da doença, da condição clínica e da idade do paciente.
Prevenção
Algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco da doença:
- Evitar o tabagismo
- Usar equipamentos de proteção no trabalho, especialmente em ambientes com exposição a produtos químicos
- Manter hidratação adequada e urinar com regularidade
- Realizar check-ups médicos periódicos, com atenção aos sintomas urinários persistentes
Embora nem todos os fatores de risco sejam evitáveis, a adoção de práticas de saúde e a busca por avaliação médica em caso de sintomas podem contribuir para a prevenção e diagnóstico precoce da doença.