
A instalação de três pedágios na Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304), prevista para novembro de 2026, tem gerado forte reação nos legislativos de Piracicaba, Santa Bárbara d'Oeste e Americana. As Câmaras Municipais das três cidades se uniram em um movimento contra a medida do governo estadual, que prevê a cobrança pelo sistema "free flow".
O "free flow" é um sistema de cobrança de pedágio eletrônico sem barreiras físicas, realizado por meio de pórticos instalados ao longo da rodovia. A tecnologia permite a identificação automática dos veículos e a cobrança da tarifa, sem a necessidade de paradas em praças de pedágio.
Em Piracicaba, a Câmara Municipal aprovou uma moção de apelo ao governador Tarcísio de Freitas, solicitando a revisão da instalação dos pórticos de cobrança. A medida reflete a preocupação dos vereadores com o impacto da cobrança na economia local e na mobilidade dos cidadãos.
"A implementação do sistema eletrônico de pedágio sem praças físicas exige um custo adicional à população, sem que haja plena transparência quanto às melhorias previstas para a infraestrutura rodoviária. Além disso, a ausência de trajetos alternativos penaliza ainda mais os cidadãos que necessitam dessas vias para sua rotina diária", diz a moção.
A instalação dos pedágios na SP-304 tem gerado debates na região. Críticos da medida argumentam que a cobrança irá onerar o transporte de mercadorias e o deslocamento dos trabalhadores, prejudicando a economia local. Além disso, questionam a falta de transparência do governo estadual na definição dos valores das tarifas e na escolha dos locais de instalação dos pórticos.
“Toda e qualquer proposta relacionada à cobrança deve ser amplamente discutida com a sociedade, considerando os impactos econômicos e sociais envolvidos. É essencial assegurar que a manutenção da infraestrutura viária seja feita sem onerar os cidadãos que dependem dessas estradas no dia a dia.” Rerlison Rezende (PSDB), o Relinho, presidente da Câmara Municipal de Piracicaba.
Os legislativos das três cidades pretendem intensificar a mobilização contra os pedágios, buscando o apoio de outras entidades e da população em geral. A expectativa é de que a pressão conjunta possa levar o governo estadual a reconsiderar a medida ou a apresentar alternativas que minimizem o impacto na região.